A morte do futebolista brasileiro Alex Apolinário, que representava o Alverca, do Campeonato de Portugal, engrossou hoje a lista de desportistas que desapareceram a competir em solo nacional.
O médio, de 24 anos, caiu inanimado aos 27 minutos do jogo frente ao União de Almeirim (0-0), da 10.ª ronda da Série F do terceiro escalão, realizado no domingo, no Complexo Desportivo do Futebol Clube de Alverca, sem que estivesse a disputar qualquer lance.
Alex Apolinário sofreu uma paragem cardiorrespiratória e foi transportado para o Hospital de Vila Franca de Xira pelos bombeiros de Alverca, que realizaram manobras de reanimação no relvado, tendo estado internado em coma induzido nos últimos dias.
No recente historial de morte súbita em provas desportivas realizadas em Portugal surge a copiloto espanhola Laura Salvo, que morreu em 10 de outubro de 2020, aos 21 anos, devido a um acidente no Rali Vidreiro Centro de Portugal, na Marinha Grande.
O Peugeot 208 R2 conduzido por Miguel Socias despistou-se no início do primeiro troço da sexta prova do Campeonato de Portugal de Ralis, que acabou por ser cancelada mediante a declaração do óbito no local, apesar dos esforços de 27 operacionais.
No próximo dia 25 de janeiro assinala-se o 17.º aniversário do desaparecimento do húngaro Miklos Féher, alvo de uma paragem cardiorrespiratória nos instantes finais da visita do Benfica ao Vitória de Guimarães (1-0), da 19.ª jornada da I Liga de futebol.
Retrato idêntico sucedeu em 25 de outubro de 2009 com o basquetebolista norte-americano Kevin Widemond, da Ovarense, que morreu no intervalo do duelo frente à Académica para a atribuição do terceiro lugar do Troféu António Pratas, em Leiria.
Já o lote de desportistas portugueses malogrados é encabeçado pelo motociclista Paulo Gonçalves, falecido há quase um ano, em 12 de janeiro, aos 40 anos, na sequência de uma queda ao quilómetro 276 da sétima de 12 etapas da 42.ª edição do Rali Dakar.
À imagem do piloto da equipa indiana Hero, o automobilista Augusto Mendes morreu em 01 de março de 1989, com 36 anos, na sexta classificativa do Rali de Portugal, ao despistar-se ao volante de um Opel Kadett GSI numa ravina da Serra da Lousã.
O lote de malogrados lusos começou a desenhar-se no início do século XX, em 15 de julho de 1912, quando Francisco Lázaro, de 24 anos, desfaleceu na maratona de Estocolmo, tornando-se a primeira vítima mortal dos Jogos Olímpicos da era moderna.
O carpinteiro de uma fábrica de carroçarias de automóveis no Bairro Alto, em Lisboa, arrancou no grupo da frente, mas foi sucessivamente perdendo posições e começou a cambalear ao quilómetro 29, na colina de Öfver-Järva, até tombar de vez.
Porta-estandarte da primeira participação olímpica de Portugal, Francisco Lázaro acabou por colapsar na madrugada seguinte, vitimado pelo sebo que espalhou pelo corpo e impedia a transpiração da pele face aos 32 graus sentidos na capital sueca.
O atleta foi homenageado na cerimónia de encerramento por Pierre de Coubertin, fundador dos Jogos Olímpicos modernos, tal como o mundo do futebol prestou tributo a Fernando Pascoal Neves, mais conhecido por Pavão, em 16 de dezembro de 1973.
Natural de Chaves, o médio sofreu uma paragem cardiorrespiratória ao minuto 13 do encontro entre FC Porto e Vitória de Setúbal, da 13.ª jornada da I Liga, caindo inanimado no relvado do Estádio das Antas e morrendo no Hospital de São João, aos 26 anos.
Joaquim Agostinho notabilizou-se à escala mundial pela alcunha ‘Quim Cambalhotas’, devido aos constantes tombos sofridos ao longo de 16 anos em cima das bicicletas, que estiveram na origem da sua morte em Quarteira, na décima edição da Volta ao Algarve.
Natural de Torres Vedras, o corredor do Sporting caiu pela última vez aos 41 anos, após um cão se ter cruzado no seu caminho, causando fraturas no crânio, 10 dias em coma e um óbito declarado em 10 de maio de 1984, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Final idêntico ao mais emblemático ciclista luso, vencedor de três Voltas a Portugal e com dois terceiros lugares na Volta a França, sofreu Bruno Neves, ao bater com a cabeça no chão quando integrava o pelotão da Clássica de Amarante, em 11 de maio de 2008.
Já o basquetebolista Paulo Pinto foi atraiçoado por um colapso cardíaco em 02 de março de 2002, ao oitavo minuto do duelo entre Aveiro Basket e Benfica, no Pavilhão dos Galitos, da Liga portuguesa, morrendo antes de chegar ao Hospital Infante D. Henrique.
Oriundo de São João da Madeira, o extemo-poste, de 27 anos, tinha uma carreira promissora, já que era capitão das ‘quinas’ e foi eleito jogador nacional do ano em 2000, um ano antes de ser o primeiro luso a figurar na lista de candidatos ao ‘All-Star’ europeu.