A fatura da eletricidade para os clientes domésticos da EDP Comercial sobe cerca de 5% este mês, segundo está a ser comunicado na fatura de dezembro.
Questionada pela Lusa, fonte oficial da EDP Comercial adiantou que o aumento de cerca de 5% representa um acréscimo médio de 2,40 euros nas faturas das famílias.
Na fatura de dezembro, a EDP Comercial recorda que reduziu, a partir de janeiro, a componente ‘energia’ em 21% face às “condições mais favoráveis” do mercado e para mitigar o aumento das tarifas de acesso às redes.
“Devido às condições mais favoráveis nos mercados de energia nas últimas semanas e para mitigar o impacto do aumento das tarifas de acesso às redes publicadas pelo regulador [a ERSE], a EDP Comercial decidiu reforçar a redução da componente denominada ‘Energia e Estrutura Comercial”, refere a empresa.
De acordo com a elétrica, a partir de janeiro, esta componente vai recuar 21% face ao valor atual, mas ainda assim com a incorporação do custo de acesso às redes o resultado é um aumento global da fatura de cerca de 5%.
A Galp também já comunicou aos clientes que vai subir os preços da eletricidade em 2024, devido ao aumento das tarifas de acesso às redes definidas pelo regulador, mas não quantifica qual o acréscimo em causa.
“Apesar de termos reduzido o preço ao qual adquirimos a eletricidade, não conseguimos acomodar o aumento das tarifas de acesso às redes definidas pela ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos), pelo que o preço final irá aumentar“, lê-se na comunicação enviada aos clientes.
A Lusa questionou a empresa sobre o valor do aumento, mas não obteve esclarecimentos.
As tarifas de acesso às redes vão aumentar 316% em 2024, o que, segundo a ERSE, se deve ao facto de as mesmas terem sido negativas em 2023, “por via de Custos de Interesse Económico Geral (CIEG) a devolver aos consumidores, que beneficiaram de modo significativo o Sistema Elétrico Nacional (SEN)”.
Já para as famílias que estão no mercado regulado, que representa 6,3% do consumo de eletricidade, as tarifas sobem 3,7% em janeiro, face a dezembro.