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Dia Mundial dos Pobres: Papa almoça com 1300 pessoas mais desfavorecidas da cidade de Roma.
O Papa Francisco celebrou missa e insistiu na ação insubstituível de cada cristão, pois “somos nós que podemos e devemos acender luzes de justiça e de solidariedade, enquanto se adensam as sombras de um mundo fechado”.
O Papa lançou este domingo um veemente apelo à Igreja, aos governos dos Estados, às organizações internacionais e a cada um: “por favor, não nos esqueçamos dos pobres”.
Na homilia da missa que celebrou para assinalar o Dia Mundial dos Pobres, Francisco reconheceu que, se o nosso olhar se detém apenas na crónica dos acontecimentos, dentro de nós a angústia ganha terreno. “Vemos a fome e a carestia que oprimem tantos irmãos e irmãs, vemos os horrores da guerra e a morte de inocentes; e, perante este cenário, corremos o risco de nos afundarmos no desânimo e de não nos apercebermos da presença de Deus no drama da história”, afirmou.
Para contrariar o sentimento de resignação, impotência e injustiça que muitos sentem face à dimensão da pobreza, Francisco pediu “um olhar mais aguçado, com olhos capazes de ‘ler por dentro’ os acontecimentos da história”, para descobrir fogos de esperança nos nossos tempos. E deu exemplos concretos: “Não se trata de atirar uma moeda para as mãos de quem precisa. Ao que dá esmola, eu pergunto duas coisas: tocas nas mãos da gente ou atiras a moeda sem lhe tocar? Olhas nos olhos da pessoa que ajudas, ou olhas para o outro lado?”.
O Santo Padre insistiu na ação insubstituível de cada cristão, pois “somos nós que podemos e devemos acender luzes de justiça e de solidariedade, enquanto se adensam as sombras de um mundo fechado”, disse. E alargou o apelo a todos, sem exceção: “Digo-o à Igreja, digo-o aos governos dos Estados e às organizações internacionais, digo-o a todos e a cada um: por favor, não nos esqueçamos dos pobres.”
Antes da missa, o Papa abençoou simbolicamente 13 chaves destinadas a 13 casas de habitação e outro tipo de ajudas para famílias pobres, em diversos países, nomeadamente na Síria.
Como habitualmente, neste Dia Mundial dos Pobres, Francisco almoça com 1300 pessoas mais desfavorecidas da cidade de Roma.
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