O presidente da comissão nacional de investigação da criminalidade pedófila na Igreja em França assumiu, neste domingo, ter havido “entre 2.900 e 3.200 criminosos pedófilos” na Igreja Católica no país desde 1950.
“É uma estimativa mínima”, baseada no censo e na análise dos arquivos (Igreja, justiça, polícia judiciária e imprensa) e nos testemunhos recebidos por este organismo, afirmou o responsável à agência noticiosa France-Presse (AFP).
Ao longo deste período de 70 anos a população geral de padres ou de religiosos no país cifra-se nos 115.000.
Após dois anos e meio de trabalho, a Comissão Independente sobre o Abuso Sexual na Igreja (ICAS) publicará as suas conclusões na terça-feira num relatório que acabará por chegar às “2.500 páginas”, disse.
O relatório dará uma visão quantitativa do fenómeno, incluindo o número de vítimas.
Irá também comparar a prevalência da violência sexual na Igreja com a identificada noutras instituições (associações desportivas, escolas) e no círculo familiar.
A comissão avaliará também os “mecanismos, particularmente institucionais e culturais” e vai apresentar 45 propostas.