No 61º dia da guerra, o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo Sergei Lavrov afirmou que as entregas contínuas de fornecimentos e armamento à Ucrânia significa que a aliança da NATO se posicionou como “essencialmente envolvida na guerra com a Rússia” e acusou a organização de “derramar petróleo sobre o fogo”.
O diplomata também advertiu contra a provocação de uma terceira guerra mundial e disse que a ameaça de um conflito nuclear “não deve ser subestimada”.
Lavrov disse que as armas fornecidas pelos países ocidentais “serão um alvo legítimo”, acrescentando que as forças russas já tinham atingido armazéns de armas na Ucrânia ocidental.
“Todos dizem que nunca poderíamos iniciar a Terceira Guerra Mundial”, segundo Lavrov numa ampla entrevista na televisão russa. Ele acusou os líderes ucranianos de provocarem a Rússia e de pedirem à NATO que se envolvesse no conflito.
Lavrov prosseguiu: “A NATO, no essencial, está envolvida numa guerra com a Rússia através de um representante e está a armar esse representante”.
Mas o ministro das forças armadas inglês, James Heappey, afirmou que não é inevitável que a Rússia tome partes da região oriental de Donbas, onde Moscovo tem agora concentrado os seus esforços.
À Sky News, o mesmo disse que a região será um “ponto extraordinariamente difícil para os russos conquistarem” e que há “todas as hipóteses de os ucranianos os poderem repelir”.