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Guerra: 83% dos russos aprovam invasão de Putin à Ucrânia

Cerca de 83% dos russos aprova a ação militar de Vladimir Putin, um ganho de 12 pontos face a fevereiro, segundo um inquérito divulgado hoje pelo instituto russo independente Levada, a primeira sondagem realizada desde o início da guerra

Apenas 15% dos russos diz não aprovar a ação do Presidente (-12% num mês) e 2% não tem opinião.

O primeiro-ministro, Mikhaïl Michoustine, ganha por seu lado 11 pontos (71% contra 60% em fevereiro) e o Governo 15 pontos (70%, contra 55% em fevereiro).

As sondagens anteriores foram divulgadas nas últimas semanas e faziam já eco de um índice de popularidade de 80% ou mais para Putin, mas foram realizadas por institutos pró-governamentais.

Vladimir Putin justificou a ofensiva militar russa contra a vizinha Ucrânia acusando-a de ter orquestrado um genocídio de russófonos e de servir de trampolim à NATO, que considera uma ameaça existencial para a Rússia.

Esta mensagem é repetida diariamente pelos media do Estado, enquanto as vozes críticas são remetidas ao silêncio ou ao exílio, sob pena de duras sanções penais, em caso de comentários que denigram a ação do exército russo.

A Rússia baniu também algumas das maiores redes sociais – Facebook, Twitter, Instagram, TikTok — acusadas de terem uma orientação russófoba.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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