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Falta de “coragem”: Presidente ucraniano reclama “tanques e jatos” prometidos há 31 dias
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou hoje o Ocidente de falta de coragem quando o seu país luta contra a invasão russa e pediu jatos e tanques para a Ucrânia se defender.
Em declarações hoje de manhã, após o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter dito em Varsóvia que Putin não podia ficar na Presidência russa e após a Casa Branca e o secretário de Estado Blinken terem suavizado essas declarações, Zelensky criticou o “pingue-pongue” do ocidente sobre quem e como entregará jatos e armas a Kiev.
“Falei com os defensores de Mariupol hoje. Estou em constante contacto com eles. A sua determinação, heroísmo e firmeza são espantosos”, disse Zelensky numa mensagem em vídeo, referindo-se à cidade cercada do sul da Ucrânia que tem sofrido as piores privações e horrores da guerra.
“Se ao menos aqueles que estão há 31 dias a pensar sobre como entregar dezenas de jatos e tanques tivessem 1% da sua coragem”, lamentou.
Hoje, um relatório do serviço de informação militar publicado pelo Ministério da Defesa do Reino Unido diz que a Rússia “parece estar a concentrar os seus esforços em cercar as forças ucranianas que estão a combater nas regiões separatistas no leste do país”.
Para tal, Moscovo está a deslocar tropas que estavam colocadas em Kharkiv e Mariupol, onde estão em curso duas das principais batalhas da guerra.
A Rússia afirmou na sexta-feira que o objetivo do seu exército, concluída a primeira fase da guerra, é concentrar-se no Donbass, anúncio que o Governo ucraniano e os seus aliados receberam com ceticismo.
No Donbass, o líder da autoproclamada república separatista de Lugansk, Leonid Paschenik, admitiu hoje a realização, “num futuro próximo”, de um referendo sobre a integração do território pró-russo na Rússia, mostrando-se confiante de que o resultado será a escolha do povo da região será unir-se à Federação Russa.
O Presidente ucraniano, por seu lado, avisou Moscovo de que está a semear um profundo ódio anti-russo entre os ucranianos, à medida que os seus ataques reduzem as cidades do país a escombros, matam civis, empurram outros para abrigos e forçam muitos a procurar comida e água para sobreviver.
“Estás a fazer tudo para que o nosso povo abandone a língua russa, porque a língua russa será agora associada, não são só a ti, mas às tuas explosões e homicídios, aos teus crimes”, disse Volodymyr Zelensky num vídeo divulgado no sábado à noite.
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