Mundo
Para Boris Johnson Putin já ultrapassou a “linha vermelha”
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou esta quinta-feira, à chegada à cimeira de líderes da NATO, em Bruxelas, que o Presidente russo, Vladimir Putin, “já ultrapassou uma linha vermelha em termos de barbárie” na guerra que lançou na Ucrânia.
Numa curta declaração à chegada ao quartel-general da Aliança Atlântica, para a cimeira extraordinária de líderes da NATO, a primeira presencial desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, há precisamente um mês, Boris Johnson advogou um reforço das sanções contra “o regime de Putin”, considerando que essa é a melhor forma de pôr fim à agressão militar em curso.
“Vamos ver o que mais podemos fazer para ajudar o povo da Ucrânia a proteger-se, o que mais podemos fazer para reforçar as sanções económicas ao regime russo. Penso que é muito importante que trabalhemos juntos. Quanto mais duras forem as sanções dirigidas ao regime de Putin […] mais depressa isto pode chegar ao fim”, disse.
Durante a cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da Organização do Tratado do Atlântico Norte, na qual Portugal está representado pelo primeiro-ministro, António Costa, os aliados deverão aprovar o aumento de forças “dissuasoras” no leste da Europa, designadamente através do “empenhamento de quatro novos grupos de combate” para a Bulgária, Hungria, Roménia e Eslováquia, anunciou na quarta-feira o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.
Os líderes dos 30 países membros da aliança deverão também concordar em fornecer apoio adicional aos ucranianos, designadamente “assistência cibernética de segurança” e “equipamento para ajudar a Ucrânia a proteger-se contra ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares”.
Em cima da mesa estarão também temas como a postura a adotar face à China e à Bielorrússia e a necessidade de os diferentes aliados reforçarem o investimento em Defesa.
Esta quinta-feira de manhã, à chegada ao quartel-general da NATO, Stoltenberg disse esperar que os aliados concordem em acelerar os investimentos em defesa, no atual contexto do regresso da guerra à Europa, “a mais grave crise de segurança numa geração”.
“Constato um novo sentido de urgência entre os aliados. Todos percebem que é preciso fazer mais. Enfrentamos a mais grave crise de segurança numa geração, pelo que temos de investir mais na nossa segurança. E os aliados compreendem que a única forma de o fazer é destinar mais dinheiro para os orçamentos nacionais de defesa”, afirmou.
A cimeira da NATO será seguida de uma cimeira de líderes do G7, o grupo dos sete países mais industrializados do mundo, também no quartel-general da Aliança, e a partir de meio da tarde terá início um Conselho Europeu, igualmente dominado pela guerra na Ucrânia, e que terá o Presidente norte-americano, Joe Biden, como convidado.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deverá participar por videoconferências quer na cimeira da NATO, quer no Conselho Europeu.
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