Mundo
Santo padre faz apelo dramático: “Em nome de Deus parem com a guerra”
O papa Francisco fez hoje um novo apelo para acabar com a invasão russa da Ucrânia e a guerra, denunciando as duras repercussões nas crianças e exortando: “Em nome de Deus, parem!”.
“Nunca guerra! Pensem acima de tudo nas crianças, cuja esperança de uma vida digna é tirada: crianças mortas, feridas, órfãs, crianças que têm resíduos de guerra como brinquedos. Em nome de Deus, parem!”, publicou o papa no Twitter.
#RezemosJuntos #Ucrânia #Paz pic.twitter.com/gfI7TUafUd
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) March 12, 2022
Francisco não escondeu a sua profunda preocupação com a guerra que eclodiu na Ucrânia, após o ataque do regime de Vladimir Putin, e até ofereceu a mediação da Santa Sé.
O seu secretário de Estado, Pietro Parolin, o ‘primeiro-ministro’ do Vaticano, conversou com ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, e transmitiu-lhe a vontade da Santa Sé de “fazer tudo, colocar-se ao serviço da paz”.
Além da ajuda enviada, Francisco enviou dois cardeais à Ucrânia para oferecer os seus serviços à população e aos deslocados: o polaco Konrad Krajewski e o checo Michael Czerny, secretário da Seção de Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.
O papa fez também uma visita surpresa à embaixada russa na Santa Sé, um dia após o ataque da Rússia à Ucrânia, para expressar a sua profunda preocupação.
Por sua vez, numa entrevista publicada hoje pelos meios de comunicação social do Vaticano, Parolin mostrou-se apologista da diplomacia, ressalvando que a doutrina social da Igreja “sempre reconheceu a legitimidade da resistência armada contra a agressão”.
“Mas acho que diante do que está a acontecer é essencial perguntar: estamos a fazer os possíveis para chegar a uma trégua? A resistência armada é o único caminho? Estas palavras, perante a morte de mulheres e crianças, milhões de deslocados e a destruição de um país podem parecer utópicas. Mas a paz não é uma utopia”, defendeu.
O ‘primeiro-ministro’ do Vaticano reiterou a “total disponibilidade” da Santa Sé para qualquer tipo de mediação que possa favorecer a paz na Ucrânia.
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