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Papa Francisco divulga mensagem para esta Quaresma: “Deus pede de nós para sermos melhores viajantes”

Pope Francis waves as he arrives for his weekly general audience in the Paul VI Hall, at the Vatican, Wednesday, Feb. 12, 2025. (AP Photo/Alessandra Tarantino)

O Papa Francisco apelou aos católicos do mundo inteiro que se confrontem, durante a Quaresma, com a “realidade concreta de algum migrante ou peregrino”, para se tornarem melhores cristãos.

Numa mensagem hoje divulgada pelo Vaticano, escrita ainda antes de ser hospitalizado, a 14 de fevereiro, Francisco volta a falar nos imigrantes, comparando o seu percurso “à procura de uma vida melhor”, com situações bíblicas.

Hoje, o Vaticano anunciou a mensagem de Francisco para a Quaresma, que tem início da próxima semana, um período de reflexão para os católicos, particularmente num ano em que o Vaticano celebra um Ano Santo, um jubileu, com o lema “Peregrinos na Esperança”.

“Não podemos recordar o êxodo bíblico sem pensar em tantos irmãos e irmãs que, hoje, fogem de situações de miséria e violência e vão à procura de uma vida melhor para si e para seus entes queridos”, escreve Francisco.

Por isso, “seria um bom exercício quaresmal confrontar-nos com a realidade concreta de algum migrante ou peregrino e deixar que ela nos interpele, a fim de descobrir o que Deus pede de nós para sermos melhores viajantes” na vida e prática católica.

E nessa prática quotidiana, escreve Francisco, “os cristãos são chamados a percorrer o caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários”, procurando “caminhar lado a lado, sem pisar ou subjugar o outro, sem alimentar invejas ou hipocrisias, sem deixar que ninguém fique para trás ou se sinta excluído”.

Durante a Quaresma, “Deus pede-nos que verifiquemos se nas nossas vidas e famílias, nos locais onde trabalhamos, nas comunidades paroquiais ou religiosas, somos capazes de caminhar com os outros” e de “vencer a tentação de nos entrincheirarmos na nossa autorreferencialidade e de olharmos apenas para as nossas próprias necessidades”, acrescenta.

Francisco pede “gestos concretos” e “atitude acolhedora em relação àqueles que se aproximam (…) e a quantos se encontram distantes”.

A mensagem hoje distribuída foi escrita a 06 de abril, ainda antes de ser hospitalizado com uma pneumonia.

Na segunda-feira à noite, no boletim clínico divulgado pelos médicos que seguem o Papa no Hospital Gemelli, em Roma, é indicado que Francisco mostrou uma ligeira melhoria nos exames laboratoriais, que lhe permitiram retomar alguns trabalhos.

“Hoje não se registaram episódios de crise respiratória asmática: alguns exames laboratoriais melhoraram. A monitorização de insuficiência renal ligeira não é preocupante. A oxigenoterapia continua, embora com débito e percentagem de oxigénio ligeiramente reduzidos”, lê-se no boletim médico.

Nesse sentido, os médicos, “tendo em conta a complexidade do quadro clínico, mantêm ainda, com prudência, o prognóstico [reservado]”.

O Papa foi hospitalizado em 14 de fevereiro, na sequência de uma pneumonia nos dois pulmões e teve uma crise respiratória na sexta-feira, que agravou o seu estado de saúde.

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