Os surtos de gripe das aves em explorações agrícolas de grandes dimensões já levaram ao abate de cerca de 270 mil aves, em Espanha, só em 2022.
O surto de Íscar começou no início da semana, quando foi detectado o aumento da mortalidade entre as aves, que vivem em gaiolas. O Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação confirmou esta quarta-feira a presença da doença na exploração implicaria o sacrifício de todos os animais.
Vários trabalhadores da empresa, além de técnicos do governo regional, todos protegidos com fatos especiais, continuaram esta sexta-feira à tarde a retirar os cadáveres das milhares de aves que foram vítimas do surto. “Fomos os primeiros a notificar o problema”, disse um dos gerentes da empresa, que não quis dar mais declarações. A fazenda, localizada na periferia do município, próximo ao cemitério, está há dias protegida pela Guarda Civil.
A organização ambientalista Greenpeace, que tem documentado como os cadáveres foram removidos esta semana, descreveu a “agricultura industrial” como “uma verdadeira bomba-relógio”. “É urgente acabar com esse modelo destrutivo que está colocando em risco a saúde do planeta e também a das pessoas”, diz esta ONG.