A Conferência Episcopal Italiana aprovou novas diretrizes que permitem a entrada de homens homossexuais nos seminários, desde que mantenham o celibato. As regras anteriores já permitiam a frequência de seminários por parte de homossexuais, mas apenas se não tivessem “tendências profundas”.

O novo regulamento faz parte de um conjunto de orientações para os seminários, publicado na quinta-feira no site da Conferência. Antes, o Papa Francisco havia defendido que homens gays não deveriam ser admitidos nos seminários por receio de viverem uma “vida dupla”.

O documento agora aprovado estabelece que os responsáveis pelos seminários devem considerar a orientação sexual de um candidato apenas como um aspeto da sua personalidade, sem que isso seja motivo de exclusão.

As novas normas, aprovadas em novembro, vão vigorar por um período experimental de três anos.

No ano passado, o Papa Francisco pediu desculpa após ter usado um termo ofensivo em relação aos homossexuais. Durante uma conversa privada com bispos italianos, referiu-se aos colégios sacerdotais como demasiado cheios de “frociaggine”, um termo pejorativo para a comunidade LGBT+.

O Vaticano esclareceu, afirmando que o Papa nunca teve intenção de ofender ou de se expressar de forma homofóbica, e pediu desculpa a quem se tenha sentido ofendido pelas suas palavras.

O Papa tem sido reconhecido por adotar uma postura mais acolhedora em relação à comunidade LGBT+, tendo, em 2023, autorizado os padres a abençoar casais do mesmo sexo, o que gerou uma reação conservadora.