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Como um ano de pandemia mudou os nossos hábitos sexuais

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Vibradores, brinquedos sexuais e artigos eróticos. Consumo de pornografia, sexting e aplicações de encontro. E vídeos exclusivos para fãs. Numa linha, podemos descrever assim o mundo do sexo em ano de pandemia. O sexo não parou, mas reinventou-se para a equipa dos solteiros e dos casados, para homens e mulheres.

Fechados em casa no histórico Grande Confinamento, os portugueses não deixaram os “créditos” por mãos alheias. Para além das visitas a sites de conteúdos pornográficos – às quais os portugueses acorreram em massa – e dos serviços de troca de mensagens instantâneas como o WhatsApp e o Facebook, tudo foi servindo para saciar a sede de sexo à medida dos desejos de cada um. Para além disso, as aplicações de encontros continuaram a ser usadas por muitos, apesar das restrições impostas pelas autoridades limitaram o contacto social. O Tinder foi uma das preferidas, tal como audiência gay continuou a preferir o Grindr.

A internet foi sobretudo um espaço de escape a essas limitações e os estudos comprovam-no. Segundo um inquérito levado a cabo pelo site Second Love em dezembro de 2020 citado pelo jornal i, perante “a hipótese de um novo confinamento (…) 56% dos inquiridos admitiram que o desejo de uma aventura sexual aumentaria.” Já quanto ao primeiro confinamento, de 2020, 65% dos participantes deste estudo que contou com uma amostra de 600 pessoas “assumiram não ter tido videochamadas, sexting, sexo virtual ou encontros românticos virtuais.”

Sobre o sexo na internet, o terapeuta sexual Fernando Mesquita, em declarações ao Correio da Manhã, explica que há “algumas pessoas com baixa autoestima, timidez e dificuldade em estabelecer relações íntimas podem de facto encontrar neste tipo de comportamento a melhor forma de gratificação sexual” e que a “internet veio permitir novas formas de sexualidade ampliando as possibilidades de gratificação.”

Sex toys, vibradores e artigos eróticos

Como é natural, as lojas que vendem sex toys para homens, mulheres e brinquedos sexuais de toda a espécie e feitio foram amplamente beneficiadas com este novo contexto. Segundo a marca de preservativos Control citada pela revista Visão, a procura de sex toys aumentou em 20%.

Foi precisamente isso que aconteceu com os produtos sex toys da Vibrolandia, loja com presença física em Rio de Mouro, na Linha de Sintra – Lisboa, mas com uma forte presença digital. Segundo fontes da loja, desde março de 2020 as vendas têm vindo a crescer.

Os sex toys mais vendidos foram os masturbadores. Já no novo Estado de Emergência, a descoberta de sex toys controlados à distância foi um must. Funcionam de forma simples: são emparelhados com um smartphone via Bluetooth, dando acesso a outro smartphone que assim comanda o aparelho à distância.

Vida para além dos sex toys

Nem só de brinquedos sexuais e outros artigos eróticos se fez esta prolongada quarentena. A plataforma OnlyFans ganhou mais de 3,5 milhões de inscrições em Março de 2020. A OnlyFans conta com cerca de um milhão decriadores de conteúdo provenientes de todo o mundo, inclusive Portugal.

Estes podem vender conteúdos eróticos originais aos seus fãs e ganhar bastante dinheiro. No já referido artigo do jornal I, é dado o exemplo de uma portuguesa que fatura 200 euros por dia nessa plataforma, através da venda de nudes, conteúdos explícitos e vídeos de masturbação com a ajuda de vibradores.

Em resumo, uma nova vaga de sexo explodiu com a pandemia. Este foi um grande ano para os artigos eróticos, de sex toys para homens a brinquedos sexuais para mulheres – como vibradores. Os sex toys para homens preferidos têm sido os masturbadores. Notavelmente, as mulheres têm também aproveitado a vaga feminista para falarem mais abertamente entre si sobre sexo em grupos dinamizados por figuras públicas, como por exemplo a artista Blaya.

2020 e 2021 têm sido anos disruptivos para todos. Ninguém estava pronto para a Covid-19. Mas a capacidade de adaptação sempre foi uma das características mais marcantes dos humanos e assim tem sido no que ao sexo diz respeito.

Seja com brinquedos sexuais e artigos eróticos, através das aplicações de encontros e com o consumo de novas formas de entretenimento adulto, a verdade é que fomos sabendo contornar as restrições e limitações impostas pela pandemia e dar asas ao desejo. Não se sabe ainda como será o novo normal, mas o antigo já parece ser uma miragem. O sexo não mudou, mas evoluiu, moldando-se à realidade do mundo. E, apesar de tudo, não estamos assim tão mal.

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