A ciclovia entre a Famalicão e Póvoa de Varzim pode voltar a funcionar como linha ferroviária, de acordo com os desígnios do novo Plano Ferroviário Nacional (PFN), avança o jornal O Minho, depois de ter confirmado tal informação junto do Governo
O Plano Ferroviário Nacional (PFN), que se encontra disponível para consulta pública, determina que “há dois troços desativados de antiga linha férrea que podem ser reaproveitados para um novo sistema de mobilidade ligeira, o troço que liga a Póvoa de Varzim a Famalicão e o que liga Guimarães a Fafe”, pode ler-se no mesmo artigo.
A informaçao presente neste documento, compilada pela mesma fonte, afirma ainda que “a solução evolutiva permite que mais cedo e com um investimento inicial mais modesto se possa criar um transporte coletivo de qualidade onde hoje não existe nada, captando tráfego e ocupando o espaço-canal necessário ao futuro sistema ferroviário”, pode ler-se ainda.
Assim, podemos assumir que é possível um aproveitamento da infraestrutura, apesar da necessidade de uma transformação, talvez através de um transporte rodoviário coletivo, prevendo-se a evolução deste para se deslocar num sistema de ferrovia.
Esta via foi inaugurada em julho de 2021 e tem uma afluência considerável, sobretudo ao fim de semana, ora por que caminha, ora por cicloturistas.
A empreitada, que visava o reaproveitamento de um segmento ferroviário não utilizado desde 1995, teve um custo total de 4.33 milhões de euros.
Contactados pela Fama TV, os responsáveis da Câmara Municipal de Famalicão afirmaram que o município não foi, até agora, informado sobre nenhum projeto concreto que vise modificar o funcionamento da via ciclopedonal entre Famalicão e Póvoa de Varzim.
Atendendo a isto, tal possibilidade não foi sequer discutida pelo executivo, já que nenhuma vontade neste sentido foi exprimida pelo Governo até ao momento.
Para já, esta possibilidade não tem “significado especial” para a Câmara Municipal, que garante que se algum dia for contactada sobre este assunto, assumirá então uma posição.
“Não houve nenhuma abordagem por parte do Governo sobre este assunto”, explicou a Câmara Municipal.