Famalicão
Têxteis do Vale do Ave sem mão de obra. Bónus para quem aliciar empregados de outras firmas
As empresas têxteis do Vale do Ave vivem cada vez mais uma fase de escassez de mão de obra. Muitas destas “seguram” os seus trabalhadores com bónus e distribuição de lucros, como já havia noticiado a Fama TV, enquanto que outras já estão a dar “gratificações” aos trabalhadores que consigam convencer trabalhadores de outras empresas a ingressarem nos seus quadros.
“Por cada trabalhador que consigam convencer a ‘assinar’ pela sua empresa, ganham um x”, refere, Francisco Vieira, coordenador do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, antes de dizer que “as empresas estão a ser obrigadas a abrir os cordões à bolsa, a dar alguns ‘miminhos’ aos trabalhadores, para segurar os seus efetivos e para convencer outros de que necessitam a ingressarem nos seus quadros. Porque a verdade é que, se há dificuldade em encontrar mão-de-obra, isso deve-se essencialmente aos salários que não são atrativos”, explica.
“É claro que nem tudo são rosas, que há ainda um longo caminho a fazer em termos de salários e de condições de trabalho, mas as coisas estão a mudar. As empresas começam a entender o valor do trabalhador têxtil. Hoje em dia, quase se pode dizer assim, só não trabalha quem não quer”, continua.
“O desemprego já era. Agora, começa a sentir-se a falta de mão-de-obra. E este jogo de procura e oferta vai, inevitavelmente, beneficiar o trabalhador”, conclui.
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