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Coindu garante cumprimento dos direitos dos 350 trabalhadores e rejeita ideia de relocação para a Tunísia

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O grupo Coindu garantiu hoje estar a cumprir com os direitos legais dos 350 trabalhadores da fábrica de Arcos de Valdevez, que vai encerrar no final do mês, e rejeitou a relocação da produção daquela unidade para a Tunísia.

Em comunicado enviado às redações, assinado pelo CEO da Coindu, António Cândido, a empresa afirma que “tem cumprido de forma consistente e pontual todas as suas obrigações salariais para com os seus colaboradores, garantindo os pagamentos nos prazos prescritos ao longo de toda a sua história”.

“Apesar dos desafios económicos significativos dos últimos anos, a prioridade foi sempre a proteção dos seus trabalhadores e o cumprimento dos compromissos económicos”, acrescenta.

Na semana passada, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) revelou que os direitos dos 350 trabalhadores da fábrica da Coindu, em Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo, vão ser definidos numa reunião na sexta-feira.

O presidente do SIMA, José Simões, que falava à agência Lusa no final de um plenário de trabalhadores, disse que “a reunião, marcada para as 14:00, nas instalações da Coindu será entre o sindicato, a administração da empresa, o Governo e a Inspeção-Geral do Trabalho”.

“É uma reunião importante para tentar encontrar uma solução para o valor da indemnização a pagar aos trabalhadores. É obrigatório, está na lei”, afirmou.

Hoje, a administração da Coindu adianta que o processo de rescisões, “em curso, está a ser conduzido com a máxima atenção à justiça processual e ao respeito pelos direitos individuais”.

“Recorremos a aconselhamento jurídico especializado para garantir que cada fase está em conformidade com a regulamentação em vigor e protege integralmente os direitos e a dignidade dos nossos colaboradores, com prioridade no reconhecimento de todas as obrigações prescritas”, especifica a administração.

A Coindu classifica de “falsas” a informação vinda a público “de que os projetos de Arcos de Valdevez estarão a ser transferidos para a Tunísia” e, refere que o encerramento da instalação, em Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, “é consequência do fim de vida do ciclo de produção dos veículos nomeados”.

“Ao longo de 2024, procurámos preservar a situação operacional do site, transferindo temporariamente algumas produções de Joane [em Vila Nova de Famalicão], para Arcos de Valdevez, negociando novas oportunidades de projetos”. Apesar destes esforços, não foi possível garantir a sustentabilidade produtiva do local”, aponta.

A empresa “está a avaliar oportunidades de produção em países extraeuropeus exclusivamente para novos projetos cujas características económicas não são compatíveis com a produção em Portugal”.

Na última sexta-feira, no final do plenário de trabalhadores, o presidente do SIMA denunciou a deslocalização da produção da fábrica de Arcos de Valdevez para a Tunísia.

“Eu escancarei logo a informação que é ponto assente: vocês não têm trabalho porque a empresa roubou-vos o trabalho. O trabalho que era para vir para aqui foi para a Tunísia, porque a mão-de-obra é mais barata e, portanto, o vosso trabalho foi para a Tunísia”, disse, na altura à Lusa.

A Coindu diz ainda estar “comprometida no seguimento efetivo dos seus colaboradores e representantes sindicais para definir os termos das remunerações finais, visando um acordo comum de curto prazo, garantindo o tratamento justo e respeitoso a todos os trabalhadores envolvidos”.

No dia 25 de novembro, o SIMA tornou público o encerramento, no final do mês, da fábrica de Arcos de Valdevez, e o despedimento dos 350 trabalhadores.

Segundo o SIMA, a decisão acontece cerca de um mês após a compra da empresa pelo grupo italiano Mastrotto.

Em Portugal, a Coindu, fundada em 1988, tem unidades fabris em Arcos de Valdevez e em Joane, Vila Nova de Famalicão.

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