Um empresário de Famalicão foi burlado em 27 mil euros, numa tentativa de ‘phishing’, método no qual os criminosos tentam “percar” informações dos clientes, de modo a garantirem acesso às suas informações, e neste caso, dinheiro.
De acordo com o jornal O Minho, uma mulher que se fez passar por funcionária do banco onde é cliente terá conseguido enganar o empresário, alegando que teria acontecido uma tentativa de transferência, não autorizada, a partir da sua conta.
A mulher em causa confirmou ao burlado que conhecia os dados da sua conta, incluindo os seus últimos movimentos e a chave, fatores que levaram o lesado a acreditar que estaria a falar com um representante oficial do banco.
Aqui, foi alertado que devia impedir a tal transação não autorizada de acontecer e que para isso bastava responder a um e-mail da alegada funcionária, negando a sua autorização para tal movimentação.
Depois de ter interagido com a mensagem eletrónica, duas quantias superiores a 13 mil euros foram retiradas sua conta, totalizando 27 mil euros.
Estes montantes foram transferidos para duas contas da Caixa Agrícola, do tipo “Moey”, que não requerem a presença do titulares para a sua abertura, conhecidas por serem criadas “em 5 minutos”.
De acordo com a mesma fonte, o empresário terá contactado o banco de imediato a dar conta do sucedido, mas a este terá sido dito que só poderiam bloquear estes movimentos com ordem do tribunal, sendo necessária a apresentação de queixa na polícia, previamente.
Em sua defesa, a Caixa Agrícola afirma que “tem vindo a alertar, regularmente, os seus clientes para as recomendações de segurança no uso da internet, enviando informação sobre as atividades ilícitas de ‘phishing’ e sobre recomendações destinadas à prevenção de fraudes, reforçando que nunca telefona para os seus clientes a solicitar o cancelamento de transferências bancárias e que esse tipo de contactos telefónicos ocorre na sequência de os clientes, inadvertidamente, cederem os seus dados pessoais e suas credenciais bancárias em páginas da internet falsas”.
Por seu lado, o lesado garante que não recebeu nenhum tipo de alerta perante estas situações, e questiona a iniciativa da instituição perante estes acontecimentos, já que no seu caso lhe foi dito que necessitava de uma queixa formal para prosseguir com o tal cancelamento.