“Dicionário de Calão do Norte” é o mais recente livro de João Carlos Brito, portuense com raízes em Famalicão, que mantém a missão de não deixar esquecer a cultura do Norte de Portugal.
Depois das edições do “Dicionário de Calão do Porto” em 2016 e do “Dicionário de Calão do Minho”, em 2019, João Carlos Brito, continua a sua luta “contra a tendência idiota de uma certa intelectualidade centralista que nos quer levar a crer que só há uma forma correta do falar”, revelou em declarações ao Correio do Minho.
Comprometido com este objetivo há 35 anos, o autor faz uso de outros estudos e obras de autores locais, assim como de pessoas.
“Tenho dois painéis de pessoas que me ajudam. Um é de especialistas e o outro é de pessoas que são do norte mas estão há muito tempo a viver fora, tanto noutras zonas do País como até mesmo no estrangeiro. Apesar de terem saído mantêm um registo mais puro da língua e identificam mais facilmente que expressões são ou não típicas”, explicou recentemente ao New In Porto.
Reunindo mais de 12 mil calões e regionalismos do Norte de Portugal, serve como capsula temporal que visa preservar estas marcas culturais distintas, entregando-os às gerações futuras e impedindo o seu esquecimento.