Famalicão
Alunos de Famalicão preparam espetáculo sobre a diferença orientados por Aldara Bizarro
“Somos todos iguais, independentemente das nossas diferenças”salienta Mariana, aluna do 10.º ano de Ciências e Tecnologia, que, juntamente com mais de 40 colegas do Agrupamento de Escolas D. Sancho I, trabalhou a diferença e a inclusão social no projeto “Somos Nós”, numa criação artística desenvolvida por Aldara Bizarro, no âmbito do projeto “Há Cultura | Cultura Para Todos”, que irá culminar com um espetáculo, que une a dança e o vídeo, no grande auditório da Casa das Artes, no dia 5 de novembro, pelas 21h30.
“Eu procuro trabalhar, através da dança, a descoberta, sobre o que está lá fora e o que nos rodeia, e sobre aquilo que nós somos” refere a diretora artística do projeto, Aldara Bizarro. “O que é importante é a descoberta que eles fazem sobre eles próprios, de que eles são efetivamente diferentes uns dos outros, nos seus vários detalhes” refere a artista, “muitas vezes saímos deste projeto e só se altera uma coisinha a nível de comportamento, e isso é fantástico”.
A partir da prática e da transformação de danças tradicionais, da aplicação de ferramentas e técnicas utilizadas na criação de dança contemporânea, assim como a videografia, “Somos Nós” é um projeto que envolve cerca de 45 alunos de duas turmas do 10.º ano da Escola Secundária D. Sancho I: uma do curso científico-humanístico, Ciências e Tecnologias, e outra do curso profissional, Gestão e Programação de Sistemas Informáticos.
“O projeto consiste na envolvência de duas turmas, uma mais ligada à parte da dança e a outra mais da parte do vídeo”, refere Rita, delegada da turma de Ciências e Tecnologias, que explorou a parte da dança, acrescentando que achou as “sessões bastante dinâmicas e divertidas”.
Pegar nas pequenas diferenças e aplicar como conhecimento para as grandes diferenças, foi o entendimento de Emanuel, estudante de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, cuja turma se focou na componente videográfica. “Fizemos algumas entrevistas e filmagens sobre a diferença, que serão mostradas na Casa das Artes”, referiu. “A nossa turma tratou mais da parte audiovisual do projeto, a nível de edição de imagem, tudo o que esteja relacionado com essa parte” reforça o colega de turma, José Pedro.
“Este projeto é a junção de duas turmas para aprendermos as diferenças com as artes, mais especificamente a dança e as filmagens, a tecnologia” destaca João, de descendência brasileira e estudante da turma de Ciências e Tecnologias. “Não devemos ter medo de trabalhar com pessoas que não conhecemos, porque, no fundo, estamos a trabalhar para o mesmo, com o mesmo objetivo”realça a colega de turma, Mariana.
Juntamente com um grupo de profissionais de dança contemporânea, vídeo e música, os alunos envolvidos no projeto artístico exploraram a diversidade cultural que existe na escola, no sentido de alargar o conhecimento e fruir da riqueza derivada da diferença, com o objetivo de promover a harmonia e o encantamento pela diversidade.
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