A Casa das Artes de Famalicão, recebe, no dia 13 de outubro (sexta-feira), o espetáculo de dança “Bantu”, de Victor Hugo Pontes.
Esta é uma coprodução da Nome Próprio, Casa das Artes de Famalicão, A Oficina/CCVF, Camões – Centro Cultural Português em Maputo, , OPART/Estúdios Victor Córdon, Teatro José Lúcio da Silva, Teatro Nacional São João.
Bantu designa uma família de línguas faladas na África subsariana. Em Moçambique, a predominante é a macua. Mas Bantu designa mais do que uma ocorrência linguística. Pode ser também uma linguagem própria que sobreviveu às línguas europeias entretanto impostas; um mecanismo identitário; um signo que permaneceu vedado ao colonizador; uma forma de comunicação, com códigos culturais, históricos, religiosos e políticos próprios; uma materialização efémera do mais longo encontro. Bantu, o título, acolhe tudo o que queremos ou imaginamos que Bantu, o espetáculo, seja. Em Bantu, Victor Hugo Pontes vai ao encontro de uma língua que provavelmente estará até despida de palavras: quando se fala com o corpo, a linguagem é universal. Bantu é um caminho por traçar, e o percurso será feito entre dois continentes, entre dois países com afinidades complexas e memórias profundas um do outro. Bantu teve origem num convite endereçado a Victor Hugo Pontes pelos Estúdios Victor Córdon e pelo Camões – Centro Cultural Português em Maputo, para o desenvolvimento de uma nova criação de dança com intérpretes moçambicanos e portugueses. Os EVC e o Camões – Maputo são parceiros numa programação conjunta para três temporadas, que visa criar pontes entre Portugal e Moçambique, e promover a circulação e internacionalização da dança. Bantu resulta desta parceria.