O PAN Famalicão, no âmbito da consulta pública da Unidade de Execução da 3ª Fase da Sub-UOPG 1 do Plano de Urbanização da Devesa (União de Freguesias de Antas e Abade de Vermoim), comunicou ao executivo a sua postura de desacordo quanto à continuação da autorização de construção nas proximidades do parque da Devesa.
“Lembramos que em 2021 mais de 9.000m2 foram retirados ao parque por força da construção do pavilhão industrial no local das hortas, tendo esta sido a primeira grande intervenção, em pleno parque da Devesa. A construção de mais um complexo habitacional no parque da Devesa será a abertura de um precedente grave, que poderá despoletar a vontade de os seus proprietários darem início ao processo de desmantelamento do parque da Devesa tal como o conhecemos.” refere Sandra Pimenta, porta-voz da Concelhia.
“Considerando que a Câmara Municipal está, finalmente, a lançar propostas de aquisição de imóveis e/ou construção para dar resposta à gravíssima falta de habitação no nosso concelho, a pergunta que deixamos ao executivo é simples: porque é que a Câmara não adquiriu estes terrenos e promoveu construção de imóveis acessíveis para a todos/as famalicenses? Porque é que continua nesta saga de segregar o nosso concelho entre aqueles que têm poder económico e aqueles que, infelizmente, se encontram em graves carências económicas?” questiona Sandra Pimenta, porta-voz da Concelhia
Para o partido, é oportuno fomentar e encorajar a criação de áreas verdes no município de Vila Nova de Famalicão, o que não implica, de maneira alguma, a aprovação contínua destes projetos.
Estes apontam modelos de integração de espaços verdes com zonas residenciais amplamente documentados em toda a Europa. “Já entramos numa fase onde existe uma necessidade de implementar alternativas de futuro que consigam mitigar ao mesmo tempo problemas associados às alterações climáticas e à crise habitacional que se faz sentir um pouco por todo o país, onde Famalicão se inclui”, explicam.
