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Urgência do Hospital de Famalicão está “fortemente condicionada e com equipas insuficientes”

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Os serviços de urgência dos hospitais de Barcelos, Caldas da Rainha, Chaves, Guarda, Santarém e Tomar já enfrentaram encerramentos devido à indisponibilidade dos médicos para fazer horas extraordinárias além das obrigatórias, anunciou hoje a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

Num levantamento feito sobre os impactos da entrega de minutas de recusa por parte dos médicos, a FNAM afirma em comunicado que o retrato é grave, traduzindo-se em encerramentos e constrangimentos nos serviços de urgências, mas também nas escalas de outros serviços hospitalares.

Segundo a FNAM, os serviços de urgência estão “fortemente condicionados e com equipas insuficientes” nos hospitais de Famalicão, Barcelos, Braga, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim e Vila Nova de Gaia, na região Minho e Porto.

Assim como Almada, Amadora, Aveiro, Barreiro, Bragança, Caldas da Rainha, Figueira da Foz, Lamego, Leiria, Lisboa, Penafiel, Ponte de Lima, Portalegre, Portimão, Santa Maria da Feira, Tomar, Torres Vedras, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu além de, Caldas da Rainha, Chaves, Guarda, Santarém e Tomar, nos resto do país.

Além dos serviços de urgência, há efeitos conexos, fruto da deslocação dos médicos de outros serviços para as escalas dos serviços de urgência, nos serviços de Anestesia, Cardiologia, Cirurgia, Ginecologia-Obstetrícia, Medicina Interna, Medicina Intensiva, Ortopedia e Pediatria.

A federação adverte que, a este cenário, acrescem as dificuldades nas maternidades: “Com as urgências do Hospital de Santa Maria e do Hospital das Caldas da Rainha encerradas para obras, há condicionamentos graves em Almada, Amadora, Aveiro, Barreiro, Caldas, Leiria, Loures, Santarém, Setúbal, Vila Franca de Xira”.

Alerta ainda que situação vai ficar ainda mais difícil em novembro, uma vez que parte significativa dos médicos entregou as suas declarações em outubro, nomeadamente em hospitais de referência como o Hospital Santa Maria, em Lisboa, os Hospitais de Santo António e de São João, no Porto, e o Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra.

A FNAM refere que as unidades de saúde e os hospitais mais periféricos foram os primeiros a sentir os efeitos da falta de médicos, uma situação que “agora se tornou indisfarçável sem a possibilidade de o esconder com o abuso do recurso às horas suplementares”.

“Conforme se pode verificar, praticamente não sobra SNS ao Ministério da Saúde de Manuel Pizarro e ao Governo de António Costa, que devem ser responsabilizados por todas as consequências da sua irresponsabilidade e incompetência”, critica.

A FNAM lamenta que o tempo das negociações não tenha produzido nada, afirmando que “foi uma encenação infrutífera, por decisão política do ministério de Manuel Pizarro e do Governo de António Costa, onde a única coisa que deixaram aos utentes e aos médicos foi o aprofundamento, unilateral, das razões que conduziram à atual situação”.

Manifestou ainda a sua solidariedade com os médicos de Santarém, do serviço de Medicina Interna, cujos especialistas e internos da especialidade entregaram em conjunto as declarações de indisponibilidade para fazer mais do que 150 horas suplementares por ano, “à qual somaram um ‘Manifesto de Protesto’ corajoso”, enviado ao Conselho de Administração, sobre as razões da luta.

A porta-voz do movimento Médicos em Luta, Susana Costa, disse na terça-feira à Lusa que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “está a ruir” e que os médicos já não conseguem travar essa “demolição”, registando-se constrangimentos em 27 hospitais do país, que, defendeu, “já deveriam ser suficientes para sensibilizar o governo a tomar alguma medida”.

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