A Arquidiocese de Braga pediu este sábado “perdão” pelos alegados abusos sexuais imputados ao cónego Manuel Fernando Sousa e Silva em Joane, Famalicão, adiantando que em julho de 2022 foram impostas “medidas disciplinares” ao sacerdote.
Em comunicado enviado à agência Lusa, aquela arquidiocese especifica que as medidas passaram pela “necessidade de o suspeito se abster de exercer publicamente o seu ministério sacerdotal e, de modo particular, a celebração pública dos Sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação, devendo recolher-se num clima de oração, reflexão e penitência”.
A arquidiocese pede perdão a todas as vítimas, “feridas física, emocional e espiritualmente pelos abusos sofridos”, um pedido que estende às famílias das vítimas e a todos os agentes pastorais da Paróquia de Joane e a toda a comunidade cristã.
“A comunidade paroquial tem sido sujeita a uma forte exposição mediática que reaviva memórias dolorosas, mas que contribui para trazer à luz factos que nunca deveriam ter acontecido. Reconhecemos que, neste caso, a Igreja falhou no seu dever de proteger os mais frágeis e vulneráveis”, acrescenta.
Refere que, em 21 de novembro de 2019, chegou à Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis da Arquidiocese de Braga (CPMAV) uma denúncia por parte de uma vítima, relatando ter sofrido abuso sexual por parte do referido sacerdote. Esta vítima mencionou a existência de outras vítimas.
O mesmo comunicado vinca que a CPMAV “disponibilizará de imediato, no âmbito das suas competências, um serviço de escuta destinado a todos quantos desejem partilhar as suas dolorosas experiências”.
O serviço estará disponível na paróquia de Joane de forma presencial, sendo ainda possível recorrer ao mesmo por via telefónica ou por correio eletrónico.