Um conjunto de peritos está a elaborar um documento com várias medidas a tomar para a reorganização da rede de urgências de obstetrícia e blocos de partos, que será entregue ao ministro da Saúde, Miguel Pizarro.
Entre as propostas surge o encerramento de algumas unidades, como é o caso da Maternidade de Famalicão.
De acordo com a Renascença, esta proposta é ponderada, já que a maternidade de Famalicão faz menos de mil partos por ano e está a cerca de 30 quilómetros da Póvoa do Varzim, com mais de 1.200 partos por ano, e a pouco mais de 40 de Matosinhos, onde funciona o hospital Pedro Hispano.
A Famatv procurou uma reação a este possível encerramento da Maternidade junto do presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), mas António Barbosa não quis, para já, tecer qualquer comentário, alegando que estava fora do país e que não conhecia o teor da notícia.
Baseando-se numa estratégia de concentração de recursos, Diogo Ayres Campos. coordenador da Comissão para Reforma das Maternidades, explica a “possibilidade de nós termos na mesma cuidados obstétricos e ginecológicos nos hospitais que estão neste momento a funcionar, mas o atendimento de urgência e o apoio da sala de partos, porque na urgência está sempre ligada à sala de partos”.
Os objetivos mais claros desta nova organização são a contratação de profissionais e o encerramento de unidades para concentração de recursos, evitando o funcionamento “intermitente” de algumas unidades.