O percurso de Armando Evangelista, treinador do FC Famalicão, capta atenções não só em Portugal como no estrangeiro. Depois de um percurso brilhante com o Aruoca, que levou o emblema ao melhor momento da sua história e passagens pelo Goiás do Brasil, os italianos da publicação La Gazzetta dello Sport estiveram em conversa com o técnico que agora tenta trazer as mesmas qualidades para FC Famalicão.

Sobre o novo desafio, que aceitou na reta final da última época, Evangelista fala sobre um clube que cresceu como nenhum outro em Portugal nos últimos 5 anos e na aceitação imediata da proposta apresentada pelo presidente da SAD Miguel Ribeiro. “Temos as mesmas ambições”, diz sobre este.

Com a consciência de que há uma grande desigualdade económica em relação aos clubes considerados como os “3 grandes” em Portugal, o treinador explica que o grande foco está no coletivo e formação. Neste sentido, o processo de contratação de um novo talento vai além da superfície, com uma análise profunda do perfil dos atletas.

O ex-professor de Educação Física, explica que não se vê refletido no título que antes lhe foi aplicado de “treinador milagroso” (resultado do trabalho no Arouca), garantindo que a sua única crença neste sentido está na qualidade do trabalho desenvolvido. “No primeiro ano, ninguém acreditava na promoção, mas conquistamos o recorde de vitórias seguidas, e na temporada seguinte conseguimos a permanência com tranquilidade. Na terceira, garantimos a classificação para a Europa. Foi a melhor temporada da história do clube. Um grande orgulho”, explica.

Questionado sobre o seu segredo para o sucesso, Armando Evangelista é claro: “acreditar sempre”, tarefa facilitada por uma equipa técnica que considera excecional com um trabalho desenvolvido durante as 24 horas do dia.

“Antes de chegar aqui, foram horas e horas de trabalho, dias inteiros sem dormir, porque precisávamos preparar os próximos jogos. E essa rotina continua até hoje”.

Sobre uma possível incursão na Série A italiana, Evangelista não nega que seria uma boa experiência, embora afirmando que o seu foco se encontra no emblema famalicense.