Diana Lemos, de 22 anos e natural da freguesia de Lousado alega ter sido vítima de abuso numa residência de estudantes em Lisboa, em 2019 e lançou uma campanha de recolha de fundos, na plataforma de financiamento GoFundMe, de forma a conseguir suportar o preço de um advogado e custas no sistema de justiça.
De acordo com os relatos de Diana, em janeiro de 2019 terá acordado com um desconhecido dentro do seu quarto, em cima da sua cama, episódio que a levou a refugiar-se em casa durante “um período muito difícil em que todos os movimentos mais bruscos de alguém provocavam uma reação”, levando esta a viver num estado de alerta constante.
Passado um ano e meio, Diana foi contactada pela PJ e informada que o suposto agressor tinha sido encontrado resultando na identificação do mesmo, uma cara que Diana afirma “não conseguir apagar” da sua memória.
Para o processo em tribunal, cujas sessões terão lugar em setembro, Diana Lemos terá dispensado o advogado que lhe foi atribuido pelo estado, acusando este de assumir uma postura passiva perante o caso.
Para suportar as despesas de um advogado privado, que segundo a mesma serão cerca 5.500 euros, Diana recorreu ao “crowdfunding” numa plataforma criada para esse propósito, na internet, tendo arrecadado até agora 3.000 euros.
Diana afirma carregar as marcas psicológicas “fruto das atitudes de outrem” e que “são consequências que muitas delas me vão acompanhar até ao fim da minha vida, que não existem formas de resolver, apesar da terapia. Contudo, conseguir que o meu agressor seja condenado pelo que fez, seria um grande passo”.