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Famalicão: Arcebispo de Braga quer encontrar-se com jovens maltratadas em convento e suas famílias

O arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, disse que deseja encontrar-se “com as vítimas” de maus tratos sofridos no convento de Requião, assim como com os seus familiares, “oportunamente”, já que foi anunciado um recurso por parte dos arguidos e a causa pode não ter ainda transitado em julgado, avança o jornal 7MARGENS.

O padre Joaquim Milheiro, com cerca de 90 anos, e as arguidas Maria Arminda Costa, Maria Isabel Silva e Joaquina Carvalho, hoje com idades entre os 70 e os 75 anos, estavam acusados pelo Ministério Público (MP) de nove crimes (nove vítimas, à data dos factos com idades entre os 12 e os 20 anos) de escravidão, incluindo a escravidão laboral.

Maria Arminda Costa foi condenada, em cúmulo jurídico, à pena única de 17 anos de prisão, o padre Joaquim Milheiro foi condenado a 15 anos de cadeia, enquanto a Maria Isabel Silva e a Joaquina Carvalho o tribunal aplicou as penas de 14 e 12 anos de prisão, respetivamente.

“O tribunal deu como provado, no essencial, os factos que constam da acusação [do MP]”, disse a presidente do coletivo de juízes, Paula Sá, durante a leitura do acórdão, que durou mais de duas horas.

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