Depois de se saber que o Ministério Público pretende retirar a guarda dos jovens que faltaram à disciplina de Cidadania durante o período escolar, sabe-se hoje que o despacho criado pelo mesmo alega que os dois jovens poderão estar a ser alvo de maus-tratos psíquicos, acusações que o pai dos dois irmão de Famalicão considera como “alucinações”.
Artur Mesquita Guimarães, disse à Renascença que que as alegações do magistrado incluem “trabalho feito por técnicas da Segurança Social que não apontam rigorosamente nada aos pais que pudesse colocar os miúdos em perigo”.
Por seu lado, o Ministério Público afirma que os atos dos progenitores podem configurar coerção emocional, traduzindo-se em ‘bullying’.
Uma situação que “não está espelhada no relatório das técnicas da Segurança Social, nem nunca houve. Isso são alucinações de quem proferiu o despacho”, ainda de acordo com o pai dos dois jovens.
Firme na sua decisão, Artur Mesquita Guimarães, reforça que os pais têm “a primazia da educação dos nossos filhos. Sentia-me preocupado se não tomasse a atitude e sentia-me a falhar se não cuidasse da educação dos meus filhos”, e aponta ainda que “a nós é que nos compete decidir a educação que damos aos nossos filhos, não há receio de coisa nenhuma. Desse ponto nós não vamos prescindir”.
Para o advogado defensor destes encarregados de educação, João Pacheco Amorim, “talvez, o senhor delegado do Ministério Público não se livre de um processo, porque são de grande gravidade as afirmações dele”, conclui.
(em atualização)