Siga-nos nas redes

Famalicão

Famalicão: Sindicato acusa ATP de promover caducidade do Contrato Coletivo de Trabalho

Publicado

em

A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) refutou hoje ter forçado unilateralmente a caducidade do contrato coletivo de trabalho (CCT) do setor, acusando, antes, a federação sindical de o ter provocado ao inviabilizar o “diálogo social”.

“As acusações da Fesete [Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal] não têm qualquer fundamento, tendo sido a sua atuação que deu lugar a que o CCT do setor tivesse caducado e que, até hoje, não tenha sido possível celebrar-se uma nova convenção coletiva de trabalho”, garante a associação patronal em comunicado.

(continue a ler o artigo a seguir)


Emissão em direto da Fama Rádio e Televisão também disponível na Smart tv da sua casa. Instale grátis!



Segundo garante a ATP, “se até hoje ainda não foi possível celebrar um novo CCT, esse facto resulta apenas de a Fesete privilegiar a contestação do regime legal de caducidade das convenções coletivas de trabalho em detrimento de um diálogo social que permita promover maior flexibilidade e produtividade das empresas por forma a ter um setor mais competitivo e atrativo para os que nele trabalham”.

Na terça-feira, durante uma jornada de protesto em Vila Nova de Famalicão, a coordenadora da Fesete, Isabel Tavares, disse que em 2015 a ATP “forçou unilateralmente a caducidade dos CCT negociados com os sindicatos, passando a fazer apelos às empresas filiadas para eliminarem os direitos laborais”.

“A associação patronal ATP insiste numa prática de boicote à negociação. Neste momento, os trabalhadores das empresas filiadas na ATP estão a ganhar o salário mínimo nacional, porque esta associação, ao abrigo do instrumento da caducidade que o nosso Governo insiste em não revogar, mantém os salários dos trabalhadores no salário mínimo nacional, o que para nós é inaceitável”, referiu.

Num “esclarecimento” divulgado hoje, a associação patronal recorda que, em 25 de março de 2014, apresentou à Fesete uma proposta de negociação do CCT do setor, sendo que a federação “pura e simplesmente ignorou essa proposta negocial e nem sequer apresentou uma contraproposta”.

“Meses depois, em outubro de 2014, por insistência da ATP, a Fesete acabou por aceitar participar em reuniões para se rever o clausulado e se atualizarem as tabelas salariais do CCT”, refere a associação.

Segundo precisa, “essas negociações arrastaram-se durante um ano e acabaram por se gorar porque a Fesete assumiu sempre posições intransigentes que evidenciavam o seu total desinteresse em rever o CCT, recusando mesmo propostas de aumentos salariais dos trabalhadores que eram muito superiores às que acabou por acordar com outras associações patronais do setor têxtil e do vestuário”.

Conforme garante a associação têxtil, “foi só por essa razão que o CCT caducou, passando as relações laborais das empresas associadas da ATP a ser reguladas pelas disposições do Código do Trabalho”.

Asseverando que “sempre esteve ciente da importância que um instrumento de regulamentação das relações laborais tem para as empresas e para os trabalhadores do setor têxtil e vestuário”, a ATP lembra que, “por essa razão, em 21 de março de 2016 apresentou nova proposta de celebração de um CCT que a Fesete recusou negociar”.

Como resultado, em junho de 2016, a ATP diz ter pedido “a intervenção da Direção Geral do Emprego e Relações de Trabalho (DGERT) para tentar trazer a Fesete para a mesa das negociações”, sendo que a federação sindical, “apesar de ter aceitado dialogar com a ATP, acabou por inviabilizar, mais uma vez, esse processo negocial”.

“E, até hoje, apesar de ter havido alguns contactos informais, a Fesete não demonstrou o menor interesse em retomar as negociações com a ATP para celebrar um novo CCT”, assegura a associação.

“A ATP continua, como sempre esteve, aberta e disposta a negociar um novo CCT, desde que a outra parte também esteja”, remata.

Dezenas de trabalhadores manifestaram-se na terça-feira em Vila Nova de Famalicão contra a ATP, acusando esta entidade patronal de manter os salários congelados “no mínimo” nos últimos 11 anos.

Para a coordenadora da Fesete, a ATP, com esta prática, desrespeita do diálogo social, aumenta a exploração dos trabalhadores e empobrece-os.

“Estes senhores divulgam os bons resultados das empresas, esquecendo-se de dizer depois quais são as condições em que têm os seus trabalhadores”, acrescentou.

Isabel Tavares disse ainda que a ATP, desde 2011, “se fecha ao diálogo” ou apresenta “propostas de negociação que são um roubo de direitos dos trabalhadores”.

Aludiu, como exemplos, ao corte dos feriados municipais e de carnaval, aos subsídios de amas e infantários, à majoração das férias e ao pagamento das horas extraordinárias e trabalho noturno.

PARTILHE ESTE ARTIGO:
Publicidade Publicidade

LER JORNAL

pub

Artigos Recentes

Desportohá 14 horas

GD ESTORIL, 1 X FC FAMALICÃO, 0 – Resultado final

ESTORIL X FC FAMALICÃO – Acompanhe a Jornada 31 da Primeira Liga Portuguesa com a Fama Rádio. 34′ Estoril Praia:...

Famalicãohá 15 horas

Famalicão: Vem aí uma segunda-feira sem chuva e máximas de 18.º graus

Famalicão espera uma segunda-feira sem chuva, embora com céus nublados, assim indicam as previsões do Instituto Português do Mar e...

Famalicãohá 16 horas

Famalicão: Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco recebe Bandeira da Ética

A candidatura do projeto “#aeccbplogging” do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco (AECCB), em Famalicão,  à certificação da Bandeira da...

Famalicãohá 17 horas

Famalicão: Maria José Gonçalves reeleita presidente do Bombeiros de Riba de Ave

Maria José Gonçalves foi reeleita, esta sábado, como presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Riba de...

Famalicãohá 19 horas

Ymotion lança 10ª edição com novidades para os mais jovens

Este sábado foi lançada a décima edição do Ymotion – Festival de Cinema Jovem de Famalicão, numa apresentação guiada pelo...

Famalicãohá 20 horas

Famalicão: Escuteiros de Ruivães celebram 50 anos e inauguram nova sede

O Agrupamento de Escuteiros de Ruivães inaugurou, este domingo, a sua nova sede, que é resultado da recuperação de um...

Famalicãohá 20 horas

BV Famalicenses reuniram sete corpos de bombeiros do país em desafio competitivo

Decorreu, este sábado, o “1º Firerescue Extreme Challenge” dos Bombeiros Voluntários Famalicenses, uma prova organizada pela Seção Desportiva e Cultural...

Desportohá 20 horas

Famalicão: Pedro Almeida foi terceiro no CPR do Rali D’Aboboreira

O piloto famalicense Pedro Almeida terminou o Rali D’Aboboreira, disputado este fim de semana, no terceiro lugar entre os pilotos...

Famalicãohá 22 horas

Famalicão: Escola D. Sancho I vence Concurso das Olimpíadas de Educação Financeira

Os estudantes da turma do curso profissional de Logística da Escola Secundária D. Sancho I, em Famalicão,  foram os vencedores...

Desportohá 22 horas

FC de Famalicão defronta hoje o Estoril. Armando Evangelista quer um jogo que dignifique o clube

O Futebol Clube (FC) de Famalicão desloca-se este domingo ao Estoril Praia para o jogo da 31ª jornada da I...

Arquivo

Mais Vistos