O advogado da Mabera, empresa hoje escolhida para comprar a têxtil Coelima, avisou que “agora é que vão começar os verdadeiros problemas” apontando ser necessário “recuperar a credibilidade” daquela que foi uma das maiores têxteis do Vale do Ave.
A assembleia de credores da Coelima, que se apresentou à insolvência em 14 de abril, aprovou hoje a venda da empresa à Mabera por 3,637 milhões de euros, com 89% dos votos favoráveis dos cerca de 500 credores da Coelima, sediada na freguesia de Pevidém, em Guimarães, no distrito de Braga.
“A empresa [Mabera] trabalhou para isso, fez a melhor proposta e é o resultado esperado, na certeza que agora é que vão começar os verdadeiros problemas, porque a Coelima tem que ser defendida, têm que ser assegurados os postos de trabalhos, a atividade da empresa e recuperar a credibilidade perante os credores e fornecedores”, salientou no final da sessão o advogado José Moreira da Costa.
A venda da Coelima à Mabera teve a abstenção de 215 trabalhadores sindicalizados (a empresa tem cerca de 250 trabalhadores) e da Segurança Social (9,7961% dos créditos) e os votos contra de duas empresas credoras, a Viptrade e Vizelgraf, que totalizam 1,066% dos créditos.