O projeto apresentado pelo Governo, em 2020, para ligar o Norte e a Galiza em comboio de alta velocidade (TGV), e que no distrito, além de Braga atravessará pelos os municípios de Famalicão e Vila Verde, não conheceu novos desenvolvimentos, segundo o deputado famalicense do PSD, Jorge Paulo Oliveira.

Esta é a conclusão a que chegou o deputado social-democrata depois da interpelação ao ministro João Galamba no decurso da audição parlamentar daquele membro de governo que teve lugar na Comissão de Economia na passada quarta-feira, dia 21 de junho.

Jorge Paulo Oliveira quis saber se a nova via ferroviária, nomeadamente o troço ligando Porto a Braga, já possuía algum projeto ou anteprojeto, se contava com paragens intermédias, se seria um troço de alta velocidade ou de velocidade alta e se já estava definido o seu espaço canal do trajeto, mas o ministro das infraestruturas nada esclareceu.

Em nota á imprensa, o deputado famalicense salienta que a construção desta nova linha, de via dupla e de alta velocidade para passageiros, fazendo concretamente a ligação entre Porto-Campanhã, Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, com passagem Famalicão, Valença e Vigo e, que alegadamente, estaria concluída em 2030, foi anunciada em 2020, mas três anos depois nada mais se sabe.

“Aparentemente estamos no mesmo ponto em que ficamos em 2009, quando pela última vez este assunto foi objeto de ampla discussão pública”, atirou Jorge Paulo Oliveira, desafiando o Governo a esclarecer se se continuava apenas “no domínio da expressão da vontade” quanto à construção desta infraestrutura.

Em fevereiro de 2021, por proposta do PSD, a Assembleia Municipal de Famalicão aprovou uma Recomendação ao ministro das Infraestruturas, para que este “proporcione, em todas as fases de elaboração do projeto, o máximo envolvimento das autarquias locais, que promova a máxima transparência do processo e que não deixe de equacionar uma paragem intermédia no município de Vila Nova de Famalicão, atenta a sua localização estratégica e a sua dimensão económica, social e cultural”.