A Cooperativa Elétrica do Vale d’Este (CEVE) e a associação Engenho assinaram um protocolo para o desenvolvimento de uma Comunidade de Energia Renovável (CER) no vale do Rio Este.
Esta CER terá como principal objetivo a produção de energia para consumo local, limpa e descarbonizada, e terá no seu núcleo central uma unidade de produção de energia fotovoltaica, a implantar na cobertura do edifício do Lar “A Minha Casa”, propriedade da Engenho, situado na rua Monte de Lordelo em Arnoso Santa Maria.
Numa primeira fase, a energia produzida será autoconsumida nas diversas unidades da Engenho, e mais tarde, com o alargamento a novos membros aderentes e com o reforço da produção, a energia solar localmente produzida será partilhada com a comunidade, devendo resultar muito mais barata relativamente à energia adquirida aos comercializadores.
Para além da redução de custos, há outras vantagens na adesão à CER, nomeadamente a redução da pegada ecológica local, a promoção da partilha de recursos entre os membros da comunidade, a maior eficiência das fontes energéticas, a melhoria da qualidade de vida e o combate à pobreza energética, entre outras.
Para Luís Macedo, presidente do Conselho de Administração da CEVE, “este será certamente um modelo de cooperação recomendado para as comunidades consumidoras de energia elétrica”. E acrescenta: “O mundo tende a ser cada vez mais “eletrizado” e o consumo e o preço da energia tendem a subir. Também por isso vê a implementação deste projeto com grande oportunidade”.
Luís Macedo diz ainda que “é com enorme orgulho e confiança” que a CEVE se associa à Engenho neste projeto, “porque se trata de uma IPSS de grande prestígio e de enorme valor no desenvolvimento social loca”.
Já o presidente da Engenho, Manuel de Araújo, sublinhou que a instituição “há muito que reconhece a importância da transição energética, em termos ambientais e económicos” e “soube esperar o momento certo para reforçar a relação privilegiada de parceria que há anos tem mantido com a Ceve”.
Manuel de Araújo acrescentou ainda que o protocolo agora assinado, “pelo seu alcance ambiental, educativo e comunitário nas organizações e no território, mereceu de imediato a manifestação de interesse por parte da Junta da União de Freguesias de Arnoso (Santa Maria e Santa Eulália) e Sezures e do Agrupamento de Escolas D. Maria II, no sentido de agregar todos os equipamentos e estruturas que se encontram na sua dependência”.