O núcleo famalicense do partido socialista lança críticas à gestão e planeamento da edição 2024 das Festas Antoninas de Famalicão, levado a cabo pela autarquia, na última semana. Neste sentido referem problemas com o saneamento, que geraram grande atenção no antigo campo da feira, assim como as verbas dirigidas à produção do evento que consideram “absurdas”.
“Não encontrando justificação para as verbas disponibilizadas”, os socialistas fazem questão em frisar “quase um milhão de euros” em despesas neste evento, repudiando estes ” gastos exorbitantes”, lembrando que se registam ainda “necessidades fundamentais há muito adiadas que podem e devem merecer a atenção de Mário Passos”.
De acordo com os socilistas, “a redução de impostos municipais, redução da tarifa de água, o Centro de Atletismo de Famalicão, o combate ao desperdício de água, o apoio ao comércio local, a conservação de ruas e estradas, o reforço do apoio ao associativismo, maior apoio social, um novo pavilhão municipal, maior investimento nas nossas freguesias, a modernização do saneamento e a sua extensão” ganham prioridade, no seio das necessidades locais.
“Sobre o saneamento municipal, uma questão que tem vindo a ser discutida nas reuniões de Câmara e Assembleia Municipal, com o PS a acusar o poder instalado de eternizar problemas graves, justamente, viveram-se momentos muito preocupantes em plenas festas, com os coletores de esgotos do centro da cidade a transbordarem e a inundarem os espaços da festa, nomeadamente as zonas alimentares.
Tal situação transtornou e preocupou visitantes e comerciantes e envergonhou Famalicão, por ter em pleno centro urbano uma situação terceiro mundista. Em janeiro de 2022, a Câmara anunciava: “Todos os famalicenses vão ter saneamento a partir do dia 1 de fevereiro”. Na prática, em junho de 2024, mais de 10% da população do concelho não tem saneamento básico e um outro problema igualmente grave ameaça esta área muito importante da vida concelhia: a degradação da rede de saneamento, que precisa urgentemente de ser modernizada. A política de chafariz que a Câmara persegue, em detrimento de uma política de canalizador, é eleitoralista e prejudica gravemente a qualidade de vida dos cidadãos. Gastemos no saneamento porque podemos e devemos”, explica o núcleo socialista através de um comunicado.