A caminhar para o final da aventura marroquina, as duas últimas etapas da IX Expedição do CAF, foram bastante difíceis devido a diversas avarias. Os imensos quilómetros pelo deserto foram ultrapassados no dobro do tempo.
Ainda assim, a comitiva manteve sempre a boa disposição e o espírito de entreajuda. A etapa de ontem transportou a caravana até à Praia Branca, antes de seguir para Agadir. Esta paragem na praia foi quase um resumo dos dias vividos por todos os elementos do grupo, ou seja, um autêntico arraial à portuguesa.
Fogareiro, cerveja, vinho verde, música popular, peixe pescado no mar que estava perante nós, comprado a pescadores que vivem numa espécie de buraco cavado na praia e que partilharam as histórias da sua vida e, por último, após a barrigada de peixe, costelinha na brasa.
Após uns pontapés na bola e um passeio nas viaturas pela grande extensão de praia, a viagem para Agadir foi mais uma aventura dentro da aventura. Isto porque o combustível, na maior parte das viaturas, não chegava para rodar até à estação de serviço mais próxima, que distava uns 53 quilómetros da praia.
Com o tal espírito de entreajuda e a arte e engenho dos marroquinos, que parecem cheirar as dificuldades dos aventureiros, lá se conseguiu atenuar a situação e a viagem seguiu para o hotel em Agadir. Agora segue-se Marraquexe, onde tudo poderá ser mais calmo. Mas nunca se sabe.