O grupo francês Nexteam, do setor da aeronáutica, instalado há 21 anos em Arcos de Valdevez, comprou a instalações da fábrica da Coindu, que fechou em dezembro último, para triplicar a produção e criar mais 70 postos de trabalho.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a administração da fábrica da Nexteam de Arcos de Valdevez explicou que as antigas instalações da Coindu, situadas nas proximidades, com uma área de 10 mil metros quadrados, vão ser reabilitadas e remodeladas para reagrupar, até 2026, a atividade industrial da Nexteam em Portugal.

A fábrica do grupo Coindu, instalada há 36 anos em Arcos de Valdevez, especializada na produção de capas para assentos de automóveis e peças decorativas de superfície para interiores, fechou portas em dezembro de 2024, deixando sem emprego 350 trabalhadores.

Para o diretor da fábrica da Nexteam em Arcos de Valdevez, Ulisses de Freitas, citado na nota, o desenvolvimento da fábrica da Nexteam naquele concelho do distrito de Viana do Castelo “já não era possível nas atuais instalações”.

“Estão a ser realizados dois projetos em paralelo. O primeiro diz respeito à expansão do departamento de maquinação, com a integração de novas produções e novos clientes. O segundo projeto consiste no desenvolvimento de uma divisão de ‘sheet-metal’, iniciada em 2024, para completar as capacidades do grupo neste domínio. Com esta aquisição, poderemos triplicar a nossa capacidade industrial”, sublinha, Ulisses de Freitas.

Instalada em Arcos de Valdevez desde 2001, o grupo francês tem “duas instalações especializadas na maquinação e ‘sheet-metal’ para os setores da aeronáutica e da defesa”.

“Estas novas perspetivas serão também sinónimo de recrutamento na região. O grupo prevê recrutar mais de 70 colaboradores até 2027”, realça o grupo.

“O objetivo do grupo é otimizar as nossas instalações, reestruturando os nossos fluxos para melhorar a nossa competitividade e melhorar as condições de trabalho, valorizando o potencial de cada instalação. Neste contexto, isto permitirá à unidade portuguesa reagrupar-se, prosseguir o seu crescimento e acompanhar os seus clientes”, frisa acrescenta o presidente do grupo, Ludovic Asquini, também citado no comunicado.