O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Ave, António Barbosa, fez um balanço sobre a atividade da covid-19 no Hospital de Famalicão, agora que se completou um ano sobre a receção do primeiro doente infetado com o novo coronavírus neste Hospital, a 20 de março de 2020.
Desde esta data até à segunda quinzena de abril de 2020 o Hospital de Famalicão tinha internados 40 doentes infetados por covid-19, número que se foi reduzindo até 01 de junho, dia em que foi dada alta ao último paciente infetado pelo vírus, resultante da 1.ª vaga da doença.
Com um verão de 2020 que considerou “tranquilo”, com cerca de uma dezena de doentes covid-19, o Hospital já estaria a com o atendimento de outros doentes em processo de restabelecimento, embora sempre limitado pelas normas de distanciamento, proteção e desinfeção.
O presidente afirma que no dia 10 de outubro de 2020 eram apenas nove os doentes internados com a covid-19 e que apenas 15 dias depois os internados eram 52, a 24 de outubro e que passados mais 15 dias já se contabilizam 91 doentes, já repartidos pelos hospitais de Famalicão e Santo Tirso.
Com o plano de contingência ultrapassado e a chegada de novos doentes, António Barbosa, afirma que novembro foi um mês “horrível”, mesmo com mais 50 novas camas adicionadas á capacidade dos hospitais.
Sem capacidade de acomodação dos doentes e com os hospitais do Norte de Portugal em sobrelotação, a solução encontrada foi a transferência para outros hospitais como Coimbra, Leiria e Lisboa.
Entre novembro e fevereiro terão sido transferidos mais de 250 doentes covid e não-covid.
Com a subida abrupta dos casos de infeção após o natal e ano novo o Centro Hospitalas do Médio Ave chegou a ter internados 120 doentes covid, uma situação “inimaginável” para o presidente do Conselho de Administração, António Barbosa.
Com um volume de doentes internados “francamente” menor a partir desta fase, António Barbosa, apela à prudência geral, afirmando que as previsões sáo bastante incertas.
Depois de 37 mil testes covid-19 realizados e 16 mil utentes recebidos com possíveis sintomas, António Barbosa, sublinha o espírito de equipa de todos os profissionais de saúde que “horas a fio” lidaram com doentes altamente infecciosos, sem férias ou fins de semana.
O presidente do Conselho de Administração agradece também à Câmara Municipal todo o apoio concedido, sobretudo na criação da área exclusiva para o tratamento de doentes respiratórios.