O Governo consignou hoje a empreitada para a construção do troço da Estrada Nacional 14 (EN14) entre a Maia (via Diagonal) e a Trofa (Interface Rodoviário), num investimento de cerca de 32 milhões de euros.
A cerimónia para a consignação desta obra, que arrancou hoje e que deverá estar concluída em janeiro de 2024, decorreu esta tarde no Ministério das Infraestruturas e Habitação, contando com a presença do ministro Pedro Nuno Santos, do vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), Carlos Fernandes, e dos autarcas da Maia e da Trofa (por videoconferência).
Esta intervenção insere-se na 2.º fase da construção da variante à EN14, que teve início em 2019 e se insere numa zona “densamente povoada” e com muitas unidades industriais, abrangendo a totalidade das intervenções os concelhos da Trofa e da Maia, ambos no distrito do Porto e também o de Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga.
Esta 2.º fase contempla uma intervenção numa extensão de 10 quilómetros, entre a Maia (via Diagonal) e a Trofa (Interface Rodoviário), no qual está prevista a construção de uma rotunda na EN318 (zona industrial do Soeiro e Carriça), uma ligação à EN14 em Lantemil, quatro viadutos e uma ponte sobre o Rio Trofa.
O investimento previsto é de cerca de 32 milhões de euros, financiado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Trata-se de uma obra muito importante e que fazia uma falta tremenda a esta região”, sublinhou o vice-presidente da IP, Carlos Fernandes.
Também os autarcas da Trofa e da Maia manifestaram a sua satisfação pela concretização desta obra, “desejada há mais de 25 anos”.
“É a ambição de uma área que exporta muito e é vocacionada para as empresas. Quero agradecer ao ministro porque a considerou importante e prioritária e desbloqueou 25 anos depois o que era uma ambição”, afirmou o presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto (PSD-CDS/PP)
No mesmo sentido, o presidente da Câmara Municipal da Maia, António Tiago (PSD/CDS-PP), destacou a importância que a obra terá para a região Norte.
“Trata-se do corredor empresarial mais importante do Norte do país e era uma obra muito desejada por nós”, sublinhou.
Na sua intervenção, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, destacou o facto de se poder utilizar as verbas do PRR para a concretização desta obra, “num dos eixos mais pujantes do país”.
“A União Europeia já não atribuía financiamento para rodovias há muito tempo. Trata-se de uma obra que envolveria um esforço muito grande se fosse financiada pelo Orçamento do Estado. Felizmente o PRR veio desbloquear e nós não podíamos perder a oportunidade para resolver este bloqueio. Estamos a lançar o PRR e a fazer justiça”, afirmou.
A próxima e última fase da construção da variante à EN14 contempla a construção da nova ponte sobre o Rio Ave, mais uma passagem pedonal, e ainda a edificação de quatro rotundas, numa extensão de 3,5 quilómetros.
Esta intervenção está em fase de projeto, mas a tutela prevê que tenha início em agosto de 2023 e esteja concluída em abril de 2025, num investimento 8 milhões de euros.
Já em serviço está o troço de beneficiação entre a Trofa e Famalicão, concluído em 2019 (3,2 milhões de euros) e entre o nó do Jumbo e a Via Diagonal, no concelho da Maia, concluído em 2020 (5,2 milhões de euros).