O Ministério Público e os pais de José Ferreira, o empresário que morreu após um ataque com uma faca à porta do bar Matriz, em fevereiro de 2023, recorreram da sentença que absolveu o principal suspeito, em 2024, e vêm agora o Tribunal da Relação de Guimarães condenar o mesmo a 12 anos de prisão. A pena do outro suspeito, envolvido no mesmo crime, foi também agravada.

Depois do coletivo de juízes ter afirmado, no Tribunal Judicial de Guimarães, que permaneciam dúvidas sobre a autoria do crime, a maior parte dos juízes desembargadores do Tribunal da Relação considera que, atendendo aos factos apresentados, terá sido este o autor do esfaqueamento mortal, revela o JN.

Para além disto, consideram não fazer sentido a narrativa apresentada pelo principal suspeito, que alegou ter sido o seu primo (o outro suspeito) o autor do crime violento, assim como do esfaqueamento de outra vítima que acabou por sobreviver. Perante isto, a Relação afirmou que o principal suspeito tinha realmente intenção de tirar a via de José Ferreira, tendo golpeado a vítima uma segunda vez e dirigido a trajetória da lâmina para o local do coração. Fica condenado por homicídio simples.

Apesar disto, o segundo suspeito, condenado por homicídio simples na forma tentada e ofensas à integridade física, viu também a sua pena aumentada de quatro anos e quatro meses para Seis anos e seis meses de cadeia por homicídio na forma tentada e doze meses por ofensa à integridade física, totalizando 7 anos de prisão.

Destaca-se ainda que o tribunal da Relação não achou justificar-se a aplicação do regime especial para jovens, considerando que tal seria premiar a sua personalidade instável.

A defesa, encontra-se agora no período em que poderá agora recorrer de tal sentença.