O lançamento do Prémio Literário Camilo Castelo Branco é um dos destaques das comemorações do bicentenário do nascimento do autor de “Cenas da Foz”, que vão decorrer durante um ano até março de 2025, anunciaram hoje os promotores.
Em conferência de imprensa, o coordenador científico da Casa de Camilo, Sérgio Guimarães de Sousa, disse que o prémio terá o valor de 7.500 euros e terá uma periodicidade bianual.
Disse ainda que o prémio está aberto a todas as formas de expressão literária, para evocar a versatilidade e a diversidade da obra de Camilo, podendo concorrer autores de todos os países de língua portuguesa.
Para junho de 2024 está marcada a apresentação do regulamento do prémio, que será atribuído pela primeira vez em 2025.
Camilo Castelo Branco viveu durante 26 anos em Seide, Vila Nova de Famalicão, sendo ali que, segundo Sérgio Sousa, escreveu “a parte mais significativa” da sua obra.
Por isso, e para assinalar os 200 anos do seu nascimento, foi preparado um programa que visa consolidar a presença do escritor em Famalicão e divulgar a sua obra sobretudo junto dos alunos, através de um conjunto de atividades “com forte pendor pedagógico”.
Estão agendadas cinco conferências, duas palestras e uma tertúlia, a cargo dos “melhores estudiosos” da obra de Camilo, além de exposições, teatro, cinema e música.
As comemorações ficarão ainda marcadas por várias publicações, entre as quais mais um volume da ficção de Camilo, reunindo os textos “A Bruxa do Monte Córdova” e “A Filha do Doutor Negro”.
Para a organização, as comemorações do bicentenário constituem “uma ocasião única” para homenagear o escritor, consolidando a sua presença na história literária e cultural de Portugal e no estrangeiro, em especial no Brasil.
“Camilo é um clássico, autor de uma obra ímpar, que deve, continuamente, ser objeto de estudo e divulgação, de modo a torná-lo acessível às novas gerações de leitores”, sustenta a organização.
O autor de “Amor de Perdição” nasceu em 16 de março de 1825, num prédio da Rua da Rosa, no Bairro Alto, em Lisboa, e morreu em 01 de junho de 1890, em São Miguel de Seide, Vila Nova de Famalicão.