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Famalicão: PS e autarca da UF de Ruivães e Novais “aquecem” sessão da Assembleia Municipal

O presidente da Junta da União de Freguesias (UF) de Ruivães e Novais e a bancada do Partido Socialista envolveram-se em trocas de palavras azedas na última sessão da Assembleia Municipal (AM) de Famalicão, realizada na passada quinta-feira. 

O vereador socialista Eduardo Oliveira, e líder da concelhia do PS, acabou mesmo por abandonar a sessão e, depois, em comunicado, justificou o ato por se ter sentido insultado pelo autarca de Ruivães e Novais. 

Tudo começou, logo no início dos trabalhos, no  período antes da ordem do dia, quando Duarte Veiga, presidente da Junta da UF de Ruivães e Novais, apresentou uma moção para “segundo as suas palavras, “repor repor a verdade” face ao um comunicado emitido pela Concelhia do PS no qual acusava a Assembleia de Freguesia (AF) de Ruivães e Novais de comportamentos anti-democráticos.

Duarte Veiga disse que  todos os membros que compõem a Assembleia Municipal e a AF de Ruivães e Novais foram visados através desse comunicado do PS, emitido no passadodia 9 de janeiro, e que, segundo o autarca, estava “carregado de calúnias e mentiras”.

A reação do PS não se fez esperar e Jorge Costa, líder da bancada socialista, apelidou a intervenção de Duarte Veiga como “um ‘nhó-nhó’ do senhor  presidente de junta, que fala em injúrias e calúnias, mas não refere um único facto”, argumentando que na sessão da AF para debater a questão da desagregação daquela união de freguesias “tentou-se que as abstenções adulterassem o resultado de votação”. “Eu estava lá, e quem lá estava viu o que se tentou ali fazer”, acrescentou.

O autarca de Ruivães e Novais voltou à carga para acusar, novamente, o PS de proferir mentiras e calúnias e atirou-se a Eduardo Oliveira, presidente da Concelhia socialista, chamando-lhe ““energúmeno que se esconde atrás de um partido político”.

Nessa altura, o presidente da Mesa da AM em exercício, Luís Ângelo Oliveira, pediu contenção nas palavras e Jorge Costa saltou para o púlpito para acusar Duarte Veiga de ter proferido um “ataque pessoal, vil e malcriado”.

A moção acabaria por ser aprovada com 48 votos a favor, 14 contra e duas abstenções.

Eduardo Oliveira abandonou a sessão

Esta sexta-feira, ao final do dia, um dia depois da sessão da AM, a Concelhia de Famalicão do PS reagiu ao sucedido, em comunicado enviado à imprensa, onde afirma que o seu líder “foi insultado”. 

Nesse comunicado, Eduardo Oliveira refere que “o que está em causa é a dignidade e respeito pelos órgãos de poder local, não posso, por isso, tolerar este tipo de atitude.”
Acrescentou que “a  minha honra não será nunca abalada por este tipo de insultos e não posso aceitar que o presidente da Mesa não tenha repudiado, de forma veemente, este tipo de conduta, interrompendo de imediato o orador no momento do insulto.”
O Partido Socialista salienta que o presidente da Mesa da Assembleia Municipal e também o presidente da Câmara deveriam ter repudiado este tipo de insulto e “terem defendido a honra do vereador”.  

Eduardo Oliveira abandonou a Assembleia Municipal, após a votação do voto de pesar proposto pelo Partido Socialista e aprovado por unanimidade, e pelo minuto de silêncio em honra de  Joaquim Loureiro.

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