Os Serviços Municipais de Proteção Civil (SMPC) de Vila Nova de Famalicão destruíram, ao longo da última década, mais de 8 mil ninhos de vespa velutina, conhecida popularmente como vespa asiática, num investimento municipal que já ultrapassa meio milhão de euros.
O esforço desenvolvido pela autarquia no combate e prevenção desta espécie invasora e os seus impactos na agricultura, ambiente e segurança dos cidadãos, serão o tema central do Mês da Proteção Civil, que em Famalicão inicia-se esta sexta-feira, 1 de março (Dia Internacional de Proteção Civil), com várias atividades educativas direcionadas ao público escolar ao longo do mês.
Desde 2017, a destruição dos ninhos de vespa velutina no concelho está a cargo da Equipa Operacional de Proteção Civil. Inicialmente, a incineração noturna era o método utilizado, mas a partir de 2021 passou-se a utilizar a injeção de biocida. Com este novo método, as intervenções passaram a ser realizadas durante o dia, permitindo o tratamento de mais ninhos, até 20 por dia.
O presidente da autarquia, Mário Passos, destaca que esta mudança “resultou numa considerável redução no tempo de resposta”. Atualmente, afirma o edil, “a maioria das solicitações tem sido atendida num prazo de 24 a 48 horas, exceto em situações de dificuldade de acesso ou outras circunstâncias impeditivas”.
É importante salientar que a presença da vespa velutina é registada desde 2011 no Norte do país e desde 2014 em Vila Nova de Famalicão. Trata-se de uma espécie não indígena e invasora, com efeitos significativos na apicultura, por predar as abelhas melíferas. Além disso, por estar presente em áreas urbanas e periurbanas, representa uma preocupação para a segurança pública, uma vez que, embora não seja mais agressiva do que a espécie europeia, reage de forma agressiva quando os ninhos são ameaçados.
No caso de avistamento de um ninho, os munícipes devem contactar os Serviços Municipais de Proteção Civil através do número 252 317 336 ou do email protecaocivil@famalicao.pt.
O Dia Internacional da Proteção Civil é celebrado anualmente a 1 de março. Esta data, instituída pela Organização Internacional de Proteção Civil, tem como objetivo sensibilizar para a importância da proteção civil na salvaguarda da vida humana, da propriedade e do património cultural e ambiental em caso de acidente grave ou catástrofe; prestar homenagem a todos os seus agentes; promover a reflexão e o diálogo sobre os riscos que os territórios e populações enfrentam; e destacar o papel de cada cidadão no esforço coletivo para criar comunidades resilientes a desastres.