Uma rota dedicada à Arte e Arquitetura Contemporânea a Norte é, a partir de hoje, uma realidade nos termos de um protocolo assinado na Casa da Arquitetura, com o propósito de dinamizar e promover o projeto Rotas do Norte.
“É, de facto, um momento histórico, inédito a nível nacional. Não há memória de nenhuma Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) fazer um trabalho destes com uma entidade regional”, afirmou o presidente da Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte, Luís Pedro Martins, um dos signatários do acordo, a par dos presidentes da CCDR-Norte e da Casa da Arquitetura.
A Rota “Arte e Arquitetura Contemporânea a Norte” integra uma estratégia mais ampla de organização, gestão e promoção de rotas turísticas regionais de Património Cultural, Arte e Arquitetura Contemporâneas, designadas de “Rotas do Norte”, tendo em vista o desenvolvimento do turismo cultural e a valorização do património cultural na região Norte.
O vice-presidente para a cultura da CCDR-Norte, Jorge Sobrado, explicou que “este acordo dá início a um modelo participado de gestão das Rotas do Norte”.
“Trazemos para dentro do projeto o melhor ‘know-how’ das instituições regionais, tendo em vista a estruturação das rotas, a capacitação dos proprietários ou gestores de bens culturais, a animação dos itinerários ou atividades de promoção. O Norte dispõe de um conjunto de instituições prestigiadas e competentes para esse objetivo”, disse.
Jorge Sobrado adiantou que já foram aprovados acordos com a Associação Portuguesa dos Jardins Históricos (para a Rota “Jardins Históricos a Norte”) e com a Fundação Cupertino de Miranda, de Vila Nova de Famalicão (para a Rota “Escritores a Norte”), tendo-se já iniciado conversações com a Fundação Côa Parque para a Rota “Arte Rupestre a Norte”, com a Rota do Românico para a Rota regional “Românico a Norte” e com a Fundação de Serralves para a componente de Arte Contemporânea da Rota “Arte e Arquitetura Contemporânea a Norte”.
“Esperamos vir a fechar esses acordos até ao final deste primeiro semestre”, afirmou Jorge Sobrado.
Luís Pedro Martins explicou aos jornalistas que a Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte se juntou ao projeto “para ajudar a organizar, a gerir e a promover estas rotas turísticas”.
“O que fizemos foi, rota a rota, encontrar um parceiro que nos ajudasse neste trabalho. Para a arte e a arquitetura contemporânea, foi fácil identificarmos a Casa da Arquitetura como esse parceiro que nos vai permitir, de forma muito credível, construir este trabalho”, sublinhou.
Segundo o responsável, as rotas culturais do Norte são “mais uma forma de conseguir pôr [os turistas] a percorrer a região, tirando aqui alguma pressão também da Área Metropolitana do Porto”.
Para o diretor executivo da Casa da Arquitetura, Nuno Sampaio, trata-se “de fazer inventários da arquitetura contemporânea, de estabelecer as rotas, de ajudar a criar uma formação para ativar quem vai mostrar no terreno esta arquitetura”.
“No fundo, o que nós vamos fazer aqui com o turismo Porto e Norte e com a CCDR é tornar a arquitetura portuguesa contemporânea como um ativo estratégico para a região”, considerou Nuno Sampaio.
