Pode ficar inviabilizado devido a um nível muito elevado de arsénio encontrado no solo o terminal rodoferroviário de mercadorias de Lousado, no concelho de Famalicão, revelou Carlos Vasconcelos, presidente da Medway, ao jornal Dinheiro Vivo.
Desde a sua oficialização em 2019, este projeto já sofreu diversos contratempos, aos quais se junta mais este.
Agora, os responsáveis pelo projeto querem certificar-se da origem se estas concentrações no solo são de origem natural, ou provocadas.
“Para poder construir um terminal daquela dimensão foi necessário e é necessário, o que é normal, fazer um estudo de impacto ambiental. O estudo identificou determinadas características do solo que fogem ao normal”, refere Carlos Vasconcelos à mesma fonte.
“São concentrações que são muito normais em Portugal, que existem desde o Alentejo até ao Norte, mas são situações muito pontuais. A APA, em termos gerais, aprovou o projeto, mas quer ter a certeza de que essas concentrações de arsénio são de origem natural e não de origem humana”, frisou ainda.
De lembrar será que este projeto pretende oferecer uma ligação ferroviária direta, através da Linha do Minho, bem como com as acessibilidades rodoviárias através de diversas vias principais, este terminal irá potenciar a indústria exportadora local, facilitando a logística das suas mercadorias, contribuindo, desse modo, para a economia e o emprego da região.
Com quatro linhas férreas de 750 metros, o terminal terá uma área de 220 mil metros quadrados e capacidade para 11.000 TEU (cada TEU equivale a cerca de 6,1 metros, o comprimento de um contentor-padrão de mercadorias).
O projeto inclui também ligação para contentores refrigerados, área reservada para mercadoria perigosa, espaços para armazenagem e serviços logísticos, parque seguro para camiões, oficinas e vigilância 24 horas.