Desporto
Famalicão-Sporting adiado: Liga deixa duras críticas ao policiamento
A Liga Portugal lançou um comunicado onde confirma que o jogo entre Famalicão e Sporting foi adiado por não estarem reunidas as condições de segurança necessárias, e que se vai definir uma data para a realização do encontro em tempo oportuno.
Na nota oficial, o órgão revelou-se surpreendido «com a informação de que os agentes destacados para o FC Famalicão- Sporting CP teriam, como forma de protesto, alegado baixa médica para não marcarem presença no local», assegurando que, antes, tinham sido «garantidas, por parte das autoridades, todas as condições de segurança para a realização da partida».
A Liga Portugal lançou ainda um apelo ao Governo e ao ministro da Administração Interna para que seja instaurado «um processo de inquérito com caráter de urgência, de forma a apurar responsabilidades pelo sucedido, em defesa dos adeptos e das famílias».
A Liga Portugal informa que o jogo entre FC Famalicão e Sporting CP, referente à jornada 20 da Liga Portugal Betclic, foi adiado, por acordo dos clubes, para data ainda a definir, depois de ter recebido informações por parte do responsável pela força policial presente no Estádio Municipal de Famalicão de que não existem condições de segurança para a realização do mesmo.
Leia o comunicado da liga
A Liga Portugal repudia os incidentes ocorridos hoje no exterior do Estádio Municipal de Famalicão, enquanto os adeptos de FC Famalicão e Sporting CP aguardavam pela abertura de portas para acederem ao interior do recinto, atrasada pelo facto de os agentes destacados para o policiamento do jogo, não terem comparecido no estádio.
A Liga Portugal informa que, na reunião de preparação que organiza na semana que antecede todos os jogos das suas competições, foram garantidas, por parte das autoridades, todas as condições de segurança para a realização da partida, tendo a Liga Portugal sido surpreendida, em cima da hora do encontro, com a informação de que os agentes destacados para o FC Famalicão- Sporting CP teriam, como forma de protesto, alegado baixa médica para não marcarem presença no local, colocando em causa a paz pública e a integridade física dos milhares de adeptos que aguardavam a entrada no recinto, bem como um total desrespeito por todos aqueles que, alguns percorrendo centenas de quilómetros, se deslocaram ao recinto desportivo.
A Liga Portugal e os Clubes, que anualmente despendem milhões de euros para garantir a segurança nas competições profissionais e estão totalmente empenhados em promover o regresso das famílias aos estádios, não admitem que o Futebol seja, em virtude da sua enorme visibilidade, instrumentalizado para a resolução de assuntos com os quais não tem qualquer relação, colocando em causa não apenas o normal desenrolar das competições profissionais mas também a preparação da participação internacional dos Clubes presentes em provas da UEFA e, mais grave, a segurança dos adeptos que pretendem assistir aos jogos.
A Liga Portugal exige ao Governo, em especial ao ministro da Administração Interna, a instauração de um processo de inquérito com caráter de urgência, de forma a apurar responsabilidades pelo sucedido, em defesa dos adeptos e das famílias, e informa que exigirá também, nas instâncias próprias, ser ressarcida pelos danos provocados por ações irresponsáveis às quais é totalmente alheia.
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