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Famalicão: Riopele diversifica negócio para os segmentos militar e automóvel

A indústria automóvel e os segmentos profissional e militar são duas novas apostas da têxtil Riopele, que encara o setor da mobilidade como um “investimento a longo prazo” e lançou recentemente uma nova marca para este segmento de negócio.

“Estamos a diversificar o nosso negócio para o segmento de têxteis técnicos e a investir em áreas de negócio complementares, como a indústria automóvel e os segmentos profissional e militar”, avança o presidente executivo (CEO) da empresa, José Alexandre Oliveira, citado num comunicado.

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Após quase um século de atividade no desenvolvimento de tecidos e vestuário para o setor da moda, a Riopele participou no consórcio que desenvolveu o novo uniforme de camuflagem para as forças armadas portuguesas, no setor militar, e aponta agora como objetivo “expandir a produção para atingir as forças de segurança em todo o mundo”.

No entanto, diz, o investimento mais “significativo” está a ser feito no setor de mobilidade.

“Nesta fase, as nossas ambições passam por introduzir a nossa visão de moda no setor da mobilidade, procurando a aceitação por parte dos fabricantes da nossa estratégia e posicionamento”, explica o gestor responsável por esta área de negócio, João Amaral, também citado no comunicado.

“Realizámos visitas e participámos em reuniões com os principais fabricantes mundiais e aproveitámos para apresentar as nossas propostas para projetos conceptuais e produções em pequena escala”, acrescenta.

Segundo João Amaral, a têxtil de Vila Nova de Famalicão está a introduzir a nível interno “novos métodos e processos que se adaptam a esta exigente indústria”, tendo sido recentemente lançada uma nova marca – a ‘Riopele Textile E-Motion’ – “para promover esta nova área de negócio da empresa”.

O responsável nota que “esta nova área de negócio da Riopele surge num momento em que o setor da mobilidade passa por profundas mudanças”.

Como exemplo, avança a crescente “procura por habitáculos mais confortáveis para os passageiros – “como se fossem uma extensão das nossas salas de estar”, diz -, a par da “incorporação de matérias-primas mais amigas do ambiente e mais diferenciadoras”.

“As decisões de compra dos consumidores serão mais conscientes e exigentes, o que também se traduzirá numa mudança radical para os fabricantes”, antecipa.

O CEO da Riopele destaca que estas novas apostas resultam do “ambicioso plano de investimento, num total de cerca de 35 milhões de euros”, que a empresa efetuou nos últimos oito anos e se focou nas áreas da digitalização e da sustentabilidade.

“Portanto, este é um período para consolidar a nossa posição no mercado e para abordar novos segmentos de produtos”, sustenta José Alexandre Oliveira.

O CEO enfatiza que a têxtil fez, nos últimos anos, “um esforço significativo para se posicionar como uma referência de ‘benchmarking’ na Europa”: “Investimos em tecnologia de ponta como a automação, a eficiência de novos equipamentos, o lançamento de uma plataforma digital, a monitorização do chão de fábrica e a implementação de um sistema de visão artificial na área de tecelagem”, exemplificou.

Adicionalmente, diz, foi também feita uma aposta no “fortalecimento das competências internas, através da otimização de processos”.

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