O aumento dos custos da energia, a quebra de encomendas e a falta de matéria-prima fizeram com que o número de reduções de horário de trabalho ao abrigo do lay-off tradicional tenha ultrapassado até setembro os valores verificados no total do ano passado.
Segundo números avançados pelo Jornal de Notícias, a Segurança Social registou 52.875 beneficiários deste regime este ano, contra 46.161 nos 12 meses de 2021.
Andrea Araújo, membro da comissão executiva da CGTP-IN indica ao jornal que “é a Norte que mais relatos deste tipo de dificuldades têm chegado”, nomeadamente nas empresas dos setores da cerâmica, têxteis, de calçado e de agroalimentar.
Também o dirigente da Associação Têxtil de Portugal(ATP), Mário Jorge Machado, em declarações ao mesmo jornal, confirma o corte da atividade “em número de dias” para poupar energia, mas sustenta que o lay-off “é uma ferramenta importante para proteger postos de trabalho” e “evita um mal maior, que é o despedimento”.