A UGT alertou a ministra do Trabalho para a necessidade de implementação da diretiva sobre o Salário Mínimo Europeu, porque considera que se trata de uma questão de solidariedade entre países, disse hoje um dirigente da central.
Uma delegação da UGT reuniu-se na quinta-feira com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, junto de quem defendeu a obrigatoriedade da diretiva sobre Salário Mínimo Europeu, como “forma de promover em cada Estado-membro melhores condições de trabalho e uma negociação coletiva mais forte que evite níveis salariais baixos”.
“Nós pedimos esta reunião porque tem havido muita polémica e bloqueios no seio da União Europeia em relação a esta proposta de diretiva e a Confederação Europeia de Sindicatos (CES) deu orientações aos seus membros para que sensibilizem os respetivos Governo para a necessidade de concretizar esta medida, porque é uma questão de solidariedade”, disse à agência Lusa o secretário-geral adjunto da UGT, Sérgio Monte.
A UGT manifestou no encontro a sua preocupação perante algumas alterações à proposta inicial apresentadas por alguns Estados-membros e por organizações de empregadores e outros grupos de interesse.
“A discussão europeia sobre a introdução de um salário mínimo europeu, que respeite as regras e tradições de cada Estado-membro, tem criado divergências entre muitos Estados e parceiros sociais, inclusive portugueses, mas trata-se tão somente de garantir que em cada Estado da União Europeia haja um patamar mínimo de dignidade”, afirmou Sérgio Monte.