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Famalicense Sónia Gonçalves é a nova campeã nacional de Badminton

Sónia Gonçalves sagrou-se campeã nacional de badminton, este domingo, nas Caldas da Rainha.

Na final esteve frente a frente com Madalena Fortunato, que bateu por 21-19, 15-21 e 21-15.

A jogadora de 28 anos, que no domingo recuperou o título de singulares e venceu em pares femininos ao lado da irmã, Adriana Gonçalves, que a tinha batido na final de 2021, lembra como ser mãe de Duarte, em agosto de 2020, lhe ‘virou’ a vida.

“Precisei de parar após o apuramento olímpico, um bocadinho de tempo, de espaço. Fiquei a três lugares oficiais de apuramento. Isso foi um sentimento muito agridoce. Após uma pandemia, e após uma gravidez inesperada, consegui muito mais do que contava”, analisa.

Este ano de 2022 foi para voltar a focar-se e voltar a “crescer e desenvolver” o seu jogo, sem esquecer o novo lado, como mãe. “Para eu estar bem, precisava de jogar badminton, e ele também precisa de estar bem”, diz.

“Tenho a certeza absoluta que se não tivesse voltado a jogar tão rapidamente, tinha entrado num processo muito negativo. Consegui dar a volta por cima, as mães têm uma aldeia de apoio. Quer no clube quer em estágios da federação”, lembra a atleta de Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga.

Depois de descobrir que estava grávida com 37 semanas de gestação, a maternidade trouxe-lhe menos horas de descanso mas outra força, outra forma de fazer com que as ausências, para estágios e provas, “tenham de valer a pena”.

“Durante um ano, trouxe o Duarte para as competições, para estágios, e acho que um dia ele vai ver e vai ficar orgulhoso. Não digo que é um superpoder, mas é uma força extra”, atira.

Não estando “preparada para ser mãe”, com projetos a nível profissional e uma licenciatura em Desporto, no ISMAI, que ainda quer acabar, fora a carreira.

Apoiada pela federação no que à maternidade diz respeito, ao poder trazer com ela o filho para estágios, por exemplo, não deixa de se sentir “um bocadinho triste” por perder a bolsa de Solidariedade Olímpica do Comité Olímpico Internacional (COI), agora com Madalena Fortunato.

Ainda assim, “nada está posto de parte”, e com o filho já mais crescido, mostra-se ávida de regressar à competição internacional, de forma consistente, e a perseguir “o sonho” de chegar aos Jogos Olímpicos, agora em Paris2024, revigorada com o regresso ao estatuto de campeã nacional.

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