Está decidido: O golaço de Gil Dias do FC Famalicão apontado, nesta última sexta-feira, frente ao Rio Ave foi o melhor golo da 8.ª jornada da I Liga de futebol português.

Pouco depois do início da 2.ª parte, aos 51 minutos, Gil Dias aproveitou uma abertura na grande área para fazer um magnifico “chapéu” ao guarda redes da equipa de Vila do Conde.

Apesar disto, o jogo ficaria empatado a 1-1.

Com este resultado, o Rio Ave, no jogo 100 do técnico Luís Freire em Vila do Conde, conseguiu manter a invencibilidade caseira que dura há quase um ano, mas elevou para quatro os jogos seguidos sem vencer na Liga, seguindo no 11.º lugar, agora com oito pontos.

Já o Famalicão, depois do bom arranque de época, somou o quinto jogo consecutivo sem vencer, com quatro empates e uma derrota, que colocam a equipa no sétimo lugar, com 13 pontos.

Os vila-condenses, depois da contestação dos adeptos na derrota em Braga, na última jornada, tiveram uma entrada corajosa no jogo, e logo no segundo minuto desenharam uma soberana chance, com três momentos para inaugurar o marcador.

Na mesma jogada, Kiko Bondoso rematou para defesa de Zlobin, guardião russo dos minhotos que travou uma recarga de Clayton e ainda viu, na sequência, um companheiro da defesa desviar uma terceira insistência de Vrousai.

Os famalicenses sentiram dificuldades para suster estes ímpetos iniciais dos locais, e apesar de terem respondido, aos 18 minutos, num remate de Gil Dias, à figura do guarda-redes local Jhonatan, voltaram a sofrer novo calafrio pouco depois.

Kiko Bondoso voltou a surgir em posição privilegiada, aos 20 minutos, quando numa arrancada se isolou, mas, com apenas Zlobin, pela frente, permitiu nova defesa do russo.

Apesar das perdidas, a formação da foz do Ave continuou com sinal mais, mas não tão acutilante como no início do desafio, perante uma Famalicão, que revelando dificuldades no contragolpe, ia conseguindo controlar as investidas contrárias.

Ainda antes do descanso, os vila-condenses voltaram a desenhar nova chance, desta vez por Brandon Aguilera, num remate desviado pela defesa minhota, que manteve o nulo no intervalo.

Perante a pálida exibição da etapa inicial, o treinador do Famalicão, Armando Evangelista, operou uma tripla substituição logo no reatamento, lançando no jogo os defesas Riccilei e Rafa Soares e atacante Mário González.

A mexida teve efeitos práticos, porque, logo aos 52 minutos, os minhotos foram letais, com Mário González a assistir Gil Dias, que com um remate de belo efeito inaugurou o marcador.

Perante a contrariedade, o técnico do Rio Ave, também foi mexendo na equipa, lançando Fábio Ronaldo e Hassan, e, logo depois, João Novais e Tinkaz, mas apesar de a equipa ganhar mais presença na área, não era tão afoita na definição final, apesar de Vrousai, num cabeceamento, voltar a testar os reflexos de Zlobin.

O Famalicão mostrava-se mais consistente defensivamente, perante o progressivo adiantamento do Rio Ave, e tentando explorar os contragolpes, mas também sem a melhor definição.

A insistência do Rio Ave viria a dar frutos e Hassan justificou a aposta para o segundo tempo, desviando de cabeça, aos 75 minutos, um cruzamento do também recém-entrado Tinkaz, restabelecendo o empate.

A partir daí, o jogo ganhou vivacidade, com o Rio Ave mais embalado no ataque à procura da reviravolta, mas sem a melhor coerência, enquanto o Famalicão foi ameaçando, em contragolpes, novo golo, mas com o empate a arrastar-se até ao final.