O empresário de futebolistas Jaime Catão, responsável pela transferência histórica de Mylena Freitas, do FC Famalicão para um clube chinês, por 50 mil euros, a maior verba dispendida no futebol feminino português até à data, saiu em defesa do presidente do clube, Jorge Silva, depois de ter sido avançado pela imprensa nacional que estaria a ser pressionado para abandonar o cargo, após acusações de assédio sexual dirigidas ao treinador do coletivo.
“Custa-me muito ver o nome do presidente do Famalicão associado a isto. Um homem de bem”, afirma Jaime Catão, antes de garantir que Jorge Silva, “não tem culpa” do que se está a passar.
Para o empresário “é mais do que óbvio” que se trata de um plano para afetar o projeto famalicense, já que estes rumores de assédio sexual eram conhecidos “nos bastidores” muito tempo antes de o caso vir a público, garante.
Nesta base de suspeição, Jaime Catão pergunta porque é que não foi formalizada uma queixa nas autoridades antes da mediatização do assunto, indicando que a vinda a público do mesmo tenha sido planeada para depois do início do campeonato, para causar maior desestabilização.
Jaime Catão acredita firmemente na integridade do presidente famalicense, sublinhado que este tira dinheiro “até do próprio bolso para pagar salários”, virtudes que ajudaram o futebol feminino do FC Famalicão a crescer “como nenhum outro em Portugal, à parte dos 3 grandes”, salienta.
“O presidente do Famalicão não é a polícia nem o Ministério Público para julgar as pessoas, nem sequer é obrigado a falar com todos os empresários”, aponta ainda antes de afirmar que, “eu próprio tenho dificuldades em falar com ele e tenho lá várias jogadoras”.